Aloft inicia acesso antecipado com boas ideias, mas repetitividade limita potencial
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Aloft, desenvolvido pela Astrolabe Interactive, acaba de entrar em acesso antecipado e apresenta uma proposta curiosa: um jogo de sobrevivência com foco na exploração de ilhas flutuantes por meio de planadores e dirigíveis. Apesar de trazer ideias promissoras, como mecânicas de voo desafiadoras e crafting intuitivo, o jogo carece de conteúdo diversificado e enfrenta problemas de repetitividade, deixando a experiência aquém das expectativas.
O jogo começa com o jogador preso em uma ilha após a queda de um dirigível. Após um tutorial básico que ensina crafting e movimentação, o objetivo é escapar da ilha, construir um planador e aprender os fundamentos do voo em um mundo feito de ilhas flutuantes. A premissa oferece uma abordagem diferente dos jogos de sobrevivência tradicionais, com ênfase em exploração aérea ao invés de movimentos terrestres. Porém, essa diferença inicial perde força rapidamente devido à falta de variedade nos desafios e nos ambientes.
Exploração aérea e desafios mecânicos
Uma das principais mecânicas de Aloft é a navegação de dirigíveis e planadores entre as ilhas. A princípio, pilotar o dirigível é um desafio interessante, com controles que exigem atenção aos comandos de elevação, direção e velocidade. Essa complexidade adiciona uma camada de engajamento semelhante à experiência de aprender a velejar em Sea of Thieves, mas rapidamente revela suas limitações. A maioria das ilhas flutuantes oferece pouco em termos de recursos ou desafios únicos, tornando a exploração repetitiva.
Os jogadores também podem usar o planador para alcançar locais específicos ou evitar o controle complicado do dirigível. Embora o planador seja útil, ele acaba sendo usado mais do que o dirigível, diminuindo o impacto da principal mecânica de transporte do jogo.
Crafting intuitivo, mas pouco explorado
O sistema de crafting é um dos pontos altos de Aloft. Ele utiliza uma abordagem que incentiva experimentação, com os jogadores combinando recursos para descobrir novas ferramentas e estruturas. Criar itens sem guias iniciais dá uma sensação de conquista, especialmente ao produzir ferramentas essenciais ou equipamentos para personalizar o dirigível. No entanto, essa mecânica promissora é subutilizada, já que grande parte do jogo carece de desafios que justifiquem a complexidade do crafting.
Além disso, o jogo incentiva os jogadores a construir fazendas e cercados para animais em ilhas específicas. Essas adições trazem alguma profundidade ao gerenciamento de recursos, mas a falta de interação significativa com o ambiente limita o impacto dessas atividades.
Futuro promissor, mas um longo caminho pela frente
Embora Aloft tenha momentos de brilho, como a sensação inicial de dominar o dirigível e o sistema de crafting criativo, ele sofre com a falta de direção e de variedade em sua proposta. Muitas ilhas parecem desertas, e a repetitividade da exploração rapidamente reduz o impacto da ambientação única do jogo.
Em sua forma atual, Aloft é um título com potencial para atrair fãs de jogos de sobrevivência mais relaxantes, mas precisa de atualizações significativas para manter o interesse a longo prazo. Se o estúdio investir em mais conteúdo, maior diversidade nos desafios e uma narrativa envolvente, o jogo poderá alcançar um público maior.
Para os interessados, Aloft já está disponível em acesso antecipado no Steam.
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Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!