Desde os primórdios dos jogos eletrônicos, títulos que exploram a sensação de velocidade têm cativado jogadores ao redor do mundo. Clássicos como Sonic the Hedgehog estabeleceram as bases para experiências de alta velocidade em plataformas 2D, enquanto jogos como Mirror’s Edge trouxeram essa adrenalina para o ambiente 3D. Haste: Broken Worlds, desenvolvido pela Landfall, surge como uma evolução natural dessa tradição, oferecendo uma jogabilidade que combina a nostalgia dos clássicos com inovações modernas.

No comando de Zoe, a protagonista, os jogadores são lançados em um universo à beira do colapso, onde cada passo é crucial para a sobrevivência. A mecânica central do jogo gira em torno da construção e manutenção de momentum. Cada aterrissagem bem-sucedida aumenta a velocidade de Zoe, incentivando uma sequência contínua de movimentos precisos. Por outro lado, erros podem resultar em quedas drásticas de velocidade ou até mesmo em colisões desastrosas, lembrando a todos que, em Haste, a precisão é tão vital quanto a velocidade.

Desafios Procedurais em Mundos em Colapso

Um dos aspectos mais intrigantes de Haste: Broken Worlds é a geração procedural dos níveis. Cada “Shard” apresenta uma série de estágios únicos que se desintegram progressivamente, exigindo que os jogadores se adaptem rapidamente a ambientes em constante mudança. Essa imprevisibilidade garante que nenhuma corrida seja igual à anterior, aumentando o fator replay e mantendo a experiência sempre fresca e desafiadora.

A estrutura roguelike do jogo adiciona uma camada adicional de complexidade. Com apenas três vidas por tentativa, cada decisão conta. A coleta de itens e a interação com personagens ao longo do caminho podem fornecer habilidades e vantagens temporárias, mas a verdadeira maestria vem da compreensão e do domínio das mecânicas de movimento. Essa abordagem recompensa jogadores dedicados que investem tempo para aperfeiçoar suas habilidades, oferecendo uma sensação de progressão baseada no mérito.

Comparações e Influências Clássicas

É impossível discutir Haste: Broken Worlds sem mencionar suas influências. A sensação de velocidade e a importância do momentum remetem diretamente aos jogos clássicos do Sonic, onde manter a fluidez dos movimentos era essencial para o sucesso. Entretanto, Haste não se contenta em apenas homenagear esses títulos; ele expande as ideias apresentando desafios tridimensionais e uma narrativa envolvente que se desenrola conforme o jogador avança.

Além disso, a comparação com Mirror’s Edge é inevitável, especialmente devido ao foco em parkour e na navegação ágil por ambientes complexos. No entanto, enquanto Mirror’s Edge enfatiza a precisão em ambientes urbanos estáticos, Haste coloca o jogador em cenários fantásticos que estão literalmente desmoronando, aumentando a urgência e a intensidade de cada corrida.

Recepção da Comunidade e Perspectivas Futuras

Desde o lançamento de sua demo durante o Steam Next Fest, Haste: Broken Worlds tem recebido feedback extremamente positivo da comunidade gamer. Jogadores elogiam a sensação de velocidade, a responsividade dos controles e a rejogabilidade proporcionada pelos níveis procedurais. Discussões em fóruns destacam como o jogo captura a essência dos clássicos de velocidade enquanto introduz mecânicas inovadoras que desafiam as expectativas modernas.

A desenvolvedora Landfall já indicou planos para expandir o conteúdo do jogo, incluindo novos “Shards”, habilidades adicionais e eventos temporários que manterão a comunidade engajada. Com uma base sólida e uma recepção calorosa, Haste: Broken Worlds tem o potencial de se tornar um marco nos jogos de ação e velocidade desta década.