Secret Agent Wizard Boy and the International Crime Syndicate é exatamente tão absurdo quanto o nome sugere. A história coloca você na pele de um jovem espião que precisa se infiltrar em uma escola de magia e acabar com a organização criminosa S.P.I.D.E.R. liderada pelo vilão Grumblemort. Parece uma paródia de um certo bruxinho famoso? Sim. Mas a proposta aqui é bem diferente.

A narrativa brinca com clichês do gênero, satirizando histórias de espionagem e fantasia. O enredo não se leva a sério e, no fim das contas, isso funciona a favor do jogo. Afinal, ninguém espera uma trama profunda quando o protagonista pode, a qualquer momento, resolver missões de maneiras completamente ridículas.

Um sandbox imprevisível e explosivo

O grande diferencial do jogo é sua jogabilidade aberta. Diferente de títulos com missões lineares, aqui você pode abordar cada situação da forma que quiser. Quer resolver tudo furtivamente, sem chamar atenção? É possível. Mas se a ideia for causar o máximo de destruição, também há ferramentas para isso.

Os feitiços disponíveis vão desde habilidades comuns, como levitação e invisibilidade, até coisas completamente insanas, como transformar NPCs em objetos aleatórios ou lançar explosões que destroem metade da escola. O melhor é que a física do jogo colabora com o caos: às vezes, um simples feitiço pode desencadear uma reação em cadeia imprevisível, tornando cada partida única e cheia de surpresas.

O jogo também conta com um modo cooperativo para até quatro jogadores, tornando a bagunça ainda maior. Se sozinho já é divertido ver os efeitos do caos se espalhando, imagine em equipe, com cada um fazendo besteira de um lado do mapa.

Estética retrô e nostalgia dos anos 90

O visual de Secret Agent Wizard Boy remete aos jogos da era do Unreal Engine 1, trazendo gráficos simples, mas com personalidade. Tudo parece saído de um jogo de ação dos anos 90, com animações um pouco desengonçadas e modelos de personagens caricatos.

Se por um lado isso pode afastar quem espera algo mais refinado, por outro, reforça o tom de paródia que o jogo propõe. A ideia não é criar um mundo realista, mas sim um cenário exagerado onde tudo pode acontecer.

Os cenários são ricos em detalhes e incentivam a exploração. Há muitas áreas secretas e formas inusitadas de interagir com o ambiente. Quem se dedicar a explorar pode encontrar referências escondidas, missões secundárias inesperadas e até itens secretos que modificam a jogabilidade.

E vale a pena?

Se você gosta de jogos que quebram regras e não têm medo de abraçar o absurdo, Secret Agent Wizard Boy é um prato cheio. Ele combina um mundo mágico com elementos de espionagem e destruição gratuita, criando uma experiência única e imprevisível.

Mesmo estando em Acesso Antecipado, o jogo já se destaca como um dos títulos independentes mais divertidos do ano. Com atualizações futuras e mais conteúdos sendo prometidos, a tendência é que ele fique ainda melhor com o tempo.

Seja para jogar sozinho e testar todas as formas criativas (ou destrutivas) de cumprir as missões, ou para reunir amigos e ver o caos se espalhar no modo cooperativo, esse jogo merece sua atenção. Afinal, quantas vezes você tem a chance de ser um espião bruxo detonando uma organização criminosa dentro de uma escola de magia?