A mais recente entrada na aclamada série de estratégia da Creative Assembly, Total War: Pharaoh, lançada em 2023, infelizmente não foi recebida da forma esperada. Apesar de ser um bom jogo, ele não trouxe grandes inovações para a série e chegou num momento em que os fãs estavam perdendo a paciência com os preços elevados e a quantidade de expansões. Isso culminou em um descontentamento generalizado com o lançamento de Pharaoh e do DLC Shadows of Change para Total War: Warhammer 3.

O lançamento do DLC Shadows of Change, em particular, gerou uma verdadeira explosão entre os jogadores, resultando em uma campanha massiva de críticas e reclamações, algumas das quais passaram dos limites, chegando a assediar desenvolvedores da Creative Assembly. O subreddit, Discord e fóruns de Total War ficaram dominados pela controvérsia durante semanas. A Creative Assembly acabou por emitir um pedido de desculpas, prometendo melhorar o DLC com conteúdo adicional e comprometendo-se a “atender melhor às expectativas dos jogadores” e a ser “totalmente transparente sobre o conteúdo antes de exibir botões de ‘Comprar Agora'”.

Total War: Pharaoh também estava no centro das críticas, pois muitos argumentavam que era uma entrada menor na série lançada a um preço cheio de $60/£50. A Creative Assembly aceitou essa crítica e reduziu o preço em $20/£30, reembolsando a diferença para quem comprou ao preço original e removendo todas as edições especiais mais caras do jogo.

Desde então, o estúdio tem se empenhado em reparar seu relacionamento com os jogadores de Total War, principalmente oferecendo muito conteúdo gratuito. Além da redução de preço, a CA se comprometeu a tornar o DLC pago de Pharaoh uma atualização gratuita e anunciou que Total War: Pharaoh’s Dynasties será lançado em 25 de julho.

Esta será a última expansão oficial para o jogo, mas é uma grande expansão. O mapa revisado e expandido é um verdadeiro banquete da Idade do Bronze, incluindo o Egeu e a Mesopotâmia, e adicionando Assíria, Babilônia, Micenas e Troia como culturas jogáveis, com cerca de 150 novas unidades. Isso dobra o número de facções no jogo de 95 para 189, enquanto agora há 349 províncias. A CA estima que a expansão “torna o mundo aproximadamente 1,8 vezes maior que o mapa atual, oferecendo aos jogadores uma vasta extensão para conquistar e explorar.”

Alguns desses elementos podem parecer familiares para os jogadores de Total War: Troy, mas há claramente muito mais acontecendo em uma escala muito maior. A mudança que tem mais potencial é o sistema de dinastias, que dá nome à expansão, permitindo que os jogadores naveguem por casamentos estratégicos, mortes heroicas em batalha, assassinatos e a mortalidade da velhice para deixar um legado duradouro.

Uma adição interessante é um novo modificador chamado “Letalidade”, que busca tornar as batalhas virtuais mais realistas, aumentando significativamente a letalidade dos combates.

“Desde o início da nossa jornada de design em Total War: Pharaoh, nossa visão sempre foi entregar uma recriação em grande escala do turbulento Colapso da Idade do Bronze; uma cheia de intrigas históricas, representações autênticas de civilizações icônicas e um teatro sandbox que permite reescrever o curso da história humana”, disse o diretor do jogo, Todor Nikolov. “Estamos muito orgulhosos do que alcançamos e, embora esta seja nossa última adição de conteúdo, esperamos que ela sirva como uma carta de amor que encapsula nossa contínua paixão por essa era maravilhosa.”

Este também é o ponto final na jornada de desculpas da Total War, e os fãs talvez devam reconhecer como a CA agiu desde o final do ano passado. O estúdio não apenas falou, mas abordou as queixas dos jogadores de maneira direta e significativa, assumiu a responsabilidade por seus erros e agora parece estar entregando mais do que o esperado com conteúdo gratuito para um jogo pelo qual já emitiu reembolsos parciais. Os jogadores podem sentir que estavam justificados ao declarar guerra total à Total War, mas talvez seja hora de chamar os cães de volta.