Deathbound traz novidades ao gênero soulslike, mas tropeça na execução

Cena do jogo Deathbound

Deathbound surge no cenário dos jogos soulslike com uma proposta ambiciosa: combinar a dificuldade característica do gênero com um sistema de troca de personagens em tempo real. Ambientado em um futuro distópico e sombrio, o jogo apresenta uma mistura interessante de elementos noir, sci-fi neon e fantasia, lembrando vagamente o estilo visual de Castlevania: Lords of Shadow 2.

A premissa do jogo é intrigante. Em um mundo onde fanáticos religiosos e cientistas radicais estão em conflito, o jogador navega por Akratya, uma cidade em ruínas iluminada por néon. O visual é um dos pontos altos, criando uma atmosfera única que se destaca no gênero.

A grande inovação de Deathbound é seu sistema de grupo. Diferente de outros jogos do gênero, aqui você pode alternar entre quatro personagens diferentes a qualquer momento. Cada um tem seu estilo de jogo único, desde a assassina Anna com seus ataques rápidos de adaga, até Mamdile, um monge especializado em capoeira.

O sistema de combate é baseado em um medidor de sincronia que incentiva a troca constante entre os personagens. Quando preenchido, permite ataques devastadores que podem virar o jogo. É uma ideia promissora que evolui o sistema de troca de posturas visto em Nioh.

No entanto, a execução dessa mecânica deixa a desejar. A rigidez característica dos soulslikes torna difícil realizar as trocas de forma eficiente, especialmente em combates próximos. A necessidade de esperar que cada animação termine antes de trocar de personagem pode resultar em situações frustrantes, onde o jogador fica vulnerável por tempo demais.

O gerenciamento de stamina também adiciona uma camada extra de complexidade, já que a barra de resistência diminui conforme a saúde do personagem cai. Isso força ainda mais as trocas constantes, já que não há itens de cura efetivos no jogo.

Mas o maior problema de Deathbound está no design de níveis. A disposição dos objetos no cenário frequentemente atrapalha a movimentação do jogador de formas ilógicas. Caixas na altura do tornozelo impedem a passagem, e a interação com o cenário durante o combate pode ser extremamente frustrante.

Essas falhas acabam minando a experiência que Deathbound tenta proporcionar. O conceito de gerenciamento de equipe em tempo real é fascinante e poderia trazer uma nova dinâmica ao gênero soulslike. No entanto, a execução deixa a desejar em aspectos fundamentais.

Deathbound demonstra potencial com suas ideias inovadoras, mas tropeça na implementação. Os problemas de level design e a dificuldade em executar as trocas de personagem de forma fluida acabam frustrando o jogador. É uma pena ver um conceito tão promissor ser prejudicado por falhas na execução. Apesar disso, a ideia por trás do jogo é interessante o suficiente para merecer atenção. Se os desenvolvedores conseguirem refinar a experiência em atualizações futuras, Deathbound ainda pode se tornar um título de destaque no gênero. Por enquanto, fica a sensação de uma oportunidade perdida de trazer algo verdadeiramente único aos fãs de soulslike.

Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!

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