Análise: Wild Bastards mescla tiro em primeira pessoa e estratégia de forma inovadora

Wild Bastards chega ao mercado como uma proposta audaciosa: fundir a intensidade dos shooters em primeira pessoa com a profundidade dos jogos de estratégia. À primeira vista, pode parecer uma combinação improvável, mas após algumas horas de jogo, fica claro que a Blue Manchu acertou em cheio nessa mistura explosiva.

O jogo nos coloca no comando de uma gangue de foras-da-lei intergalácticos, cada um mais excêntrico que o outro. Desde Sarge, um cavalo bípede armado com um rifle, até um polvo pistoleiro chamado Billy, a variedade de personagens é um dos pontos altos do game. Essa diversidade não é apenas estética; cada membro da gangue possui habilidades únicas que afetam diretamente a jogabilidade.

A narrativa se desenvolve em um universo onde Jebediah Chaste e sua prole impõem um regime opressivo, caçando nossos anti-heróis. A trama, embora não seja o foco principal, serve como um pano de fundo interessante para as mecânicas do jogo.

A estrutura de Wild Bastards é dividida em camadas. No nível mais amplo, navegamos entre setores do espaço em uma nave lendária chamada Drifter, em busca de aliados para ressuscitar. Cada setor funciona como uma corrida roguelike, onde o objetivo é chegar ao final para resgatar um companheiro.

Ao entrar na órbita de um planeta, somos forçados a enviar nossos foras-da-lei para a superfície. Aqui, o jogo se transforma em um mapa tático por turnos, onde devemos navegar entre encontros, evitar patrulhas e gerenciar recursos. A tensão é constante, pois ficar tempo demais em um planeta atrai a atenção dos filhos de Chaste, inimigos formidáveis que nos perseguem a cavalo.

O verdadeiro brilhantismo de Wild Bastards se revela nos combates. Em vez de resolverem-se no mapa tático, as batalhas se transformam em intensas arenas de FPS. A transição é fluida e a ação é frenética. Os confrontos são rápidos, justos e incrivelmente satisfatórios. Abater um inimigo com revólveres duplos ou ser arremessado pela explosão de um “kyote” instável em uma lua de baixa gravidade são experiências viscerais que farão a alegria dos fãs de FPS.

Apesar da velocidade dos combates, Wild Bastards não negligencia elementos táticos. A furtividade é uma opção viável, com mecânicas que lembram jogos como Deathloop. A inteligência artificial dos inimigos é notável, com comportamentos distintos que exigem adaptação constante do jogador.

A variedade de habilidades dos personagens adiciona uma camada extra de estratégia. Poder alternar entre dois personagens durante o combate, cada um com suas próprias características e upgrades, oferece possibilidades táticas fascinantes. Esta mecânica transforma a gestão de loadout em algo muito mais profundo do que simplesmente escolher armas.

Visualmente, Wild Bastards é um deleite. Os cenários são variados e detalhados, desde cidades faroeste abandonadas até luas alienígenas exóticas. O design de personagens é criativo e bem executado, com animações fluidas que dão vida a cada membro excêntrico da gangue. O desempenho é sólido, mantendo taxas de quadros estáveis mesmo em momentos de ação intensa.

A progressão no jogo é bem equilibrada. Upgrades permanentes para os personagens são obtidos através de desvios arriscados durante as missões planetárias. Este sistema de risco-recompensa mantém o jogo desafiador e envolvente por muitas horas.

Um aspecto particularmente interessante é o gerenciamento das relações entre os membros da gangue. Personagens podem se desentender e se recusar a trabalhar juntos, exigindo que o jogador resolva conflitos usando recursos escassos. Esta mecânica adiciona uma camada de simulação social que complementa perfeitamente os elementos de ação e estratégia.

Wild Bastards não é apenas uma mistura bem-sucedida de gêneros; é uma evolução. Ao combinar a adrenalina dos FPS com a profundidade estratégica de jogos como XCOM, a Blue Manchu criou algo verdadeiramente único. É um jogo que desafia expectativas e redefine o que podemos esperar de um híbrido de ação e estratégia.

Para os entusiastas de hardware, Wild Bastards é um verdadeiro teste de potência. Os gráficos detalhados e a física complexa exigem um sistema robusto para brilhar em toda sua glória. É o tipo de jogo que justifica um upgrade de GPU e fará seu processador suar.

Em suma, Wild Bastards é uma experiência que não deve ser perdida por fãs de FPS ou jogos de estratégia. Sua abordagem inovadora, combinada com uma execução técnica impressionante, estabelece um novo padrão para jogos híbridos. Preparem seus PCs, ajustem suas miras e embarquem nesta jornada intergaláctica repleta de ação, estratégia e personagens inesquecíveis.

Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!

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