Unknown 9: Awakening – Uma jornada nostálgica com toques inovadores na Índia mística

Unknown 9: Awakening

A indústria dos videogames está em constante evolução, mas às vezes, um olhar para o passado pode revelar gemas inesperadas. É neste contexto que surge Unknown 9: Awakening, um título que evoca memórias dos jogos lineares e narrativos que dominaram a era do Xbox 360, ao mesmo tempo em que busca seu lugar no panorama atual dos games.

Para os entusiastas que sentem falta dos jogos repletos de momentos cinematográficos e narrativas bem estruturadas, Unknown 9: Awakening surge como um sopro de ar fresco. Este título remete à época em que grandes publicadoras lançavam regularmente experiências lineares de cerca de doze horas, repletas de quick-time events e ambientes visualmente impressionantes, ainda que com interatividade limitada.

O mercado atual, dominado por experiências de mundo aberto e jogos como serviço, viu uma diminuição significativa neste estilo de produção. No entanto, Unknown 9: Awakening demonstra que ainda há espaço para estas narrativas mais focadas e cinematográficas, desde que executadas com competência e inovação.

A premissa de Unknown 9: Awakening gira em torno de Haroona, uma protagonista em busca de vingança pela morte de sua mentora, Reika. A narrativa se desenvolve em Chamiri, uma cidade indiana fictícia que impressiona por sua riqueza visual e atmosfera vibrante. A direção de arte merece destaque, rivalizando com produções de alto orçamento e evocando comparações favoráveis com títulos aclamados como a série Dishonored.

O sistema de jogabilidade de Unknown 9: Awakening apresenta uma mistura interessante de elementos de stealth e combate, com um toque de inovação. A habilidade de “step” permite que Haroona assuma brevemente o controle de inimigos, abrindo possibilidades táticas intrigantes. Esta mecânica adiciona uma camada de estratégia em tempo real às sequências de combate e infiltração, permitindo abordagens criativas para superar os desafios.

Entretanto, é importante notar que o sistema ainda apresenta limitações que podem frustrar jogadores mais experientes. A impossibilidade de realizar certas ações lógicas, como fazer inimigos cometerem suicídio ou interagir com elementos do cenário, pode quebrar a imersão e limitar o potencial estratégico da mecânica.

Além do “step”, Haroona possui outras habilidades como invisibilidade momentânea e telecinese, que expandem ainda mais as opções táticas disponíveis. O desenvolvimento destas habilidades ao longo do jogo promete adicionar profundidade à experiência, potencialmente elevando o título acima de seus predecessores espirituais.

Unknown 9: Awakening faz parte de um ambicioso projeto transmídia, que inclui quadrinhos, romances e podcasts. Esta abordagem abrangente à narrativa demonstra a confiança dos desenvolvedores no potencial do universo criado, embora o sucesso desta estratégia ainda seja incerto no competitivo mercado atual.

A versão preliminar analisada sugere um jogo sólido, com potencial para surpreender positivamente. No entanto, o sucesso de Unknown 9: Awakening dependerá crucialmente do desenvolvimento completo de seus sistemas de jogo e da capacidade de equilibrar nostalgia com inovação.

Com lançamento previsto para 17 de outubro, Unknown 9: Awakening se posiciona como uma interessante proposta para os jogadores que anseiam por experiências narrativas mais focadas e lineares. Resta saber se o produto final conseguirá transcender suas influências e estabelecer-se como um título memorável por si só, ou se permanecerá como um exercício de nostalgia em um mercado que há muito se moveu em outras direções.

Por Rafael "Peleh"

Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!

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