Indiana Jones e o Grande Círculo aposta em stealth e combates corpo a corpo

Indiana Jones e o Grande Círculo

Durante uma sessão hands-on com Indiana Jones e o Grande Círculo, ficou claro que MachineGames decidiu trilhar um caminho diferente do esperado. A desenvolvedora prometeu criar uma experiência que prioriza a sensação de aventura no lugar da ação pura, mas o resultado parece ter encontrado um meio termo interessante.

Após aproximadamente três horas de gameplay, que incluiu passagens por Marshall College, Cidade do Vaticano e as Pirâmides de Giza, ficou evidente que o foco principal está nas mecânicas de stealth. O sistema é acessível e perdoa erros, permitindo que o jogador navegue pelos ambientes com relativa facilidade.

Mecânicas de Combate e Stealth

Uma das características mais interessantes é como o jogo lida com as eliminações furtivas. Cada vez que você derrota um inimigo desta forma, precisa utilizar um item do cenário como arma improvisada. Garrafas de vinho, pás e até mesmo panelas podem ser usadas uma única vez para nocautear nazistas, adicionando um toque criativo ao sistema.

Quando detectado, o combate corpo a corpo toma conta da ação. O sistema de luta é simples mas satisfatório, com os guardas preferindo o embate direto a soar alarmes. O chicote icônico de Indy pode desarmar inimigos, forçando-os ao confronto físico.

Explorando Diferentes Cenários

A Cidade do Vaticano oferece uma experiência mais linear e controlada, ideal para aprender os sistemas básicos do jogo. Com portas trancadas que podem servir como atalhos quando encontradas suas chaves e diversos guardas isolados esperando para serem surpreendidos, esta seção curta consegue demonstrar o potencial da proposta.

Já o deserto de Giza apresenta uma abordagem completamente diferente. Uma grande área aberta repleta de acampamentos nazistas e patrulhas constantes. Aqui o stealth encontra seus pontos fracos – os espaços amplos entre os acampamentos são frustrantes de atravessar, com vigias sempre prontos para detectar o jogador e poucos lugares para se esconder.

Investigando as Tumbas

A exploração de tumbas, elemento icônico da série, também está presente. No entanto, estas sequências são extremamente lineares e repletas de scripts, com puzzles simples demais e plataforma por vezes problemática. A necessidade de alternar entre primeira e terceira pessoa durante certos momentos pode causar desconforto.

Atmosfera Cinematográfica

Apesar das limitações na jogabilidade, o aspecto visual e sonoro é impressionante. Os ambientes são ricamente detalhados e fielmente pesquisados – alguns imitando locais específicos dos filmes. O próprio Indiana Jones parece ter saído diretamente das telonas, com Troy Baker entregando uma performance vocal notavelmente precisa do personagem.

A história se encaixa perfeitamente na cronologia existente, ocorrendo entre “Os Caçadores da Arca Perdida” e “A Última Cruzada”. Os personagens novos e antigos são bem utilizados, prometendo dar mais profundidade emocional ao protagonista sem trair sua personalidade característica.

O resultado final é um jogo que captura com maestria a essência cinematográfica da franquia, mas que ainda precisa encontrar seu próprio equilíbrio nas mecânicas de gameplay. Indiana Jones e o Grande Círculo certamente tem momentos memoráveis, especialmente em suas sequências de stealth mais caóticas, mas a simplicidade de alguns sistemas e a linearidade em certos momentos podem limitar seu potencial.

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Por Rafael "Peleh"

Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!

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