A Meta, reconhecida pelo impacto que trouxe ao mercado de realidade virtual (VR), pode estar reavaliando sua estratégia de negócios. Segundo um relatório recente, a empresa estaria considerando ceder o desenvolvimento de seus headsets a fabricantes como a chinesa Goertek, enquanto centraliza esforços em software e serviços digitais.

O Meta Quest 3 é, atualmente, um dos principais players no mercado de VR, oferecendo um sistema operacional intuitivo e uma biblioteca de jogos robusta. Porém, o custo elevado na fabricação de hardware, muitas vezes vendido com margens mínimas de lucro ou até prejuízo, tem levado a empresa a buscar alternativas mais lucrativas.

Licenciamento do OS: uma estratégia para crescer

Uma das possibilidades levantadas é o licenciamento do sistema operacional Meta Quest e da loja de aplicativos para que outras marcas possam utilizá-los. Isso lembra a estratégia adotada pelo Android, que ajudou a popularizar o sistema e atrair novos fabricantes ao mercado de smartphones.

Com uma base de usuários sólida e títulos exclusivos como Asgard’s Wrath 2 e Batman Arkham Shadow, a Meta pode ampliar seu domínio no mercado sem precisar investir tanto em hardware. Além disso, a empresa já considera transferir parte da produção para o Vietnã, diversificando seus parceiros e reduzindo a dependência da China.

O futuro da realidade virtual

Se concretizado, esse movimento pode revolucionar a indústria de realidade virtual. Rivais como o Pico 4 Ultra, que enfrentam desafios para oferecer sistemas competitivos, poderiam ganhar terreno ao adotar o software da Meta. Ao mesmo tempo, a empresa garantiria receita contínua com licenças e vendas em sua loja.

Com a realidade virtual ganhando cada vez mais espaço no entretenimento e até em áreas como saúde e educação, essa mudança estratégica pode consolidar a Meta como uma potência global no setor, mesmo que ela diminua sua presença no desenvolvimento de hardware.