Notch “anuncia” Minecraft 2, mas planos ainda são incertos
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Markus “Notch” Persson, o criador de Minecraft, está gerando discussões na comunidade gamer ao sugerir que pode criar um sucessor espiritual ao seu jogo mais famoso. Em uma enquete lançada no Twitter no dia 1º de janeiro, ele perguntou a seus seguidores se deveria continuar trabalhando em seu projeto atual — um roguelike inspirado em dungeon crawlers clássicos como Wizardry e Grimrock — ou mudar para algo mais próximo de Minecraft.
A votação não deixou dúvidas: com 78% dos votos, os seguidores preferem que ele foque em uma nova criação no estilo do jogo que redefiniu o mercado de games. Notch respondeu afirmando estar “100% sério” e que “basicamente anunciou Minecraft 2”. Ele ainda enfatizou que pretende respeitar o trabalho da Mojang e da Microsoft, empresa que adquiriu sua criação por US$ 2,5 bilhões em 2014, garantindo que não tentará competir diretamente com o atual Minecraft.
Apesar da empolgação de parte da comunidade, o projeto enfrenta obstáculos significativos. Desde sua saída da Mojang, Notch tem sido uma figura controversa, marcada por declarações ofensivas e envolvimento em teorias conspiratórias. Essa reputação dificultou seu relacionamento com a indústria e afastou potenciais apoiadores. Embora ainda conte com uma base de seguidores leais, sua imagem pública pode limitar o alcance de qualquer novo projeto.
Além disso, a ideia de um “Minecraft 2” enfrenta um mercado já saturado de sucessores espirituais. Jogos como Terraria, Dragon Quest Builders e até o próprio Minecraft continuam a atrair milhões de jogadores com atualizações regulares e comunidades vibrantes. Não está claro se há espaço para outro título no mesmo estilo, especialmente vindo de um desenvolvedor cuja reputação está em declínio.
A proposta original de Notch — um roguelike em primeira pessoa com elementos de dungeon crawler — parecia mais original e menos saturada. O gênero, apesar de popular, ainda não conta com muitos exemplos que exploram essas ideias de maneira profunda. No entanto, o próprio Notch admitiu que a mudança de direção seria motivada pelo desejo de atender à demanda popular e explorar um projeto com maior apelo comercial.
Outro ponto de atenção é a falta de clareza sobre o que um “Minecraft 2” realmente significaria. O sucesso do jogo original veio de sua versatilidade: é ao mesmo tempo um sandbox criativo, uma experiência de sobrevivência e um espaço social que evoluiu ao longo de 16 anos. Recriar essa fórmula ou competir com ela seria um desafio colossal.
Enquanto a ideia de um sucessor espiritual para Minecraft pode parecer atraente, a jornada de Notch para realizá-lo será complicada. O mercado competitivo, suas controvérsias e a pressão para atender às expectativas de um público tão amplo colocam em xeque o futuro do projeto. Por enquanto, os jogadores aguardam por mais detalhes e, talvez, um vislumbre de como seria esse “Minecraft 2” que Notch prometeu — mesmo que informalmente.
Resta saber se Notch conseguirá superar esses desafios e, mais importante, se o público estará disposto a recebê-lo de volta.
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Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!