Roteiro de Diablo IV em 2025: caos, colaborações e um Inferno cada vez mais imprevisível

Não é a chegada de um novo patch. Nem a estreia de uma temporada qualquer. O que a Blizzard promete para Diablo IV em 2025 beira a reescrita do próprio manual do inferno. Belial, o Senhor da Mentira, retorna — mas não para ser apenas derrotado. Ele quer moldar a realidade com seus dedos viscosos. Criar labirintos narrativos onde o que é falso sustenta o que é verdadeiro. É a essência do engano promovida a sistema.

Na oitava temporada, batizada sem rodeios de O Retorno de Belial, enfrentaremos o que parece ser mais do que um chefe. Belial encarna a ilusão como força motriz. E ele vem acompanhado de dois outros demônios, recuperados diretamente da expansão Vessel of Hatred, que agora se alastram pelos Covis reformulados. O sistema de chefes ganha não só complexidade — ganha teatralidade. É como se cada encontro fosse parte de uma encenação demente, onde quem vence talvez nem saiba que venceu.

Masmorras que sussurram segredos esquecidos

Os Pecados dos Horadrim, tema da nona temporada, resgatam o que estava quase esquecido: as Masmorras do Pesadelo. Mas elas não voltam como eram. Desta vez, são estruturas orgânicas, que reagem, escalam e conversam com o jogador. Caçar os Barões do Inferno significa aceitar a jornada de um herói que adentra o estômago da própria escuridão — e escolhe ficar lá dentro por livre e espontânea insanidade.

Além disso, o jogo finalmente atenderá a uma súplica antiga: suporte para teclado e mouse nos consoles. Uma pequena revolução no campo de batalha, permitindo um novo tipo de precisão… ou um novo tipo de erro fatal.

Quando o caos ganha regras

Na décima temporada, chamada com ironia perfeita de Caos Infernal, o sistema de Horda Infernal passa por uma mutação. Se antes o caos era uma força descontrolada, agora ele é coreografado. Ondas infernais ganham bifurcações, decisões dentro do pânico, como se o próprio jogo quisesse que você escolhesse o seu estilo de desespero.

Aqui, o desafio é mais do que resistir — é resistir com consciência, sabendo que cada decisão define a forma do seu colapso. É caos com manual. Um apocalipse onde você pode escolher a moldura.

A ousadia das colaborações impensáveis

Como se não bastasse, 2025 será também o ano das colaborações. Diablo IV, com todo seu niilismo gótico e estética doentia, será misturado com universos “tematicamente compatíveis”. A Blizzard mantém segredo sobre os parceiros, mas o anúncio já abre portas para possibilidades bizarras — de mundos cyberpunk decadentes a lendas urbanas repaginadas. Não se trata de fanservice, mas de infusão de novas loucuras.

É um experimento alquímico: fundir o terror clássico de Diablo com o pesadelo de outras mitologias modernas. Uma convocação de horrores para um baile de máscaras.

Um aniversário banhado em trevas

O segundo aniversário de Diablo IV também será celebrado — não com alegria, mas com rituais e eventos in-game ainda não revelados. Esqueça balões ou brindes. A festa aqui deve envolver mais sangue do que presentes.

E a cereja envenenada no topo do bolo: a segunda grande expansão já está prometida para 2026. O roteiro aponta para o futuro, mas com o olhar fixo no abismo. Santuário não é mais apenas cenário — é sintoma.

Se Diablo IV já foi uma carta de amor ao horror, agora é uma carta de guerra. A 2025 que se anuncia é uma temporada de exageros lúgubres, onde o sistema evolui com perversidade. Um ciclo onde a mentira tem lógica, o caos tem menu e a morte é um evento programado.

A pergunta que sobra: estamos realmente jogando Diablo… ou já fomos jogados por ele?

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