Desde o sucesso de Vampire Survivors, o gênero de jogos de sobrevivência e ação roguelike tem se expandido com ideias inovadoras. Bio Prototype, desenvolvido pela Emprom Game, leva essa fórmula a novos extremos ao combinar mecânicas de construção de armas personalizadas com uma temática grotesca de experimentos científicos. Em vez de usar armas tradicionais, os jogadores montam seus próprios “equipamentos” feitos de órgãos e partes do corpo, criando um sistema de ataque que é tão perturbador quanto engenhoso.

A Mecânica Central: Montando Abominações

Em Bio Prototype, você assume o papel de uma criatura criada em laboratório que deve sobreviver a hordas de inimigos grotescos em câmaras de teste. A inovação está na criação de armas: cada uma começa com um cérebro, que pode ser conectado a uma espinha dorsal, que por sua vez ativa outros módulos, como tentáculos, membros ou olhos. Cada componente tem efeitos e condições específicas, como “se causar um golpe crítico, ativa o próximo nó”, permitindo criar correntes complexas de causa e efeito.

Essa mecânica é comparada a sistemas de produção como os vistos em Factorio, mas, em vez de criar itens industriais, você está gerando tempestades de projéteis ou explosões com membros animalescos. A criatividade dos jogadores é testada ao montar combinações que maximizem dano e eficiência, tudo dentro dos limites da “capacidade cerebral” da criatura.

O Apelo e os Limites da Demo

A demo, disponível gratuitamente no Steam, oferece uma introdução à construção de armas e ao combate, mas limita as opções de personagens, dificuldade e componentes disponíveis. Ainda assim, é suficiente para mostrar o potencial caótico e estratégico do jogo, incentivando os jogadores a experimentar combinações absurdas e descobrir novas sinergias entre os órgãos.

Com lançamento completo previsto para 20 de janeiro, Bio Prototype promete expandir significativamente o conteúdo, oferecendo mais personagens, maior variedade de órgãos e desafios complexos para os jogadores dominarem.