Decole com seu baralho: Sakara Cards é um deckbuilder espacial brasileiro!!
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O universo dos jogos de cartas e construção de baralho (deckbuilding) costuma surpreender com propostas inovadoras, mas é raro encontrar um título que misture combate tático e exploração espacial de maneira tão envolvente. É exatamente essa a promessa de um game criado pela empresa brasileira Post Mortem Pixels, que vem chamando atenção e que acabou de sair do Acesso Antecipado. Unindo estratégia, gerenciamento de recursos e batalhas interplanetárias, o jogo tem tudo para agradar quem busca um desafio complexo, mas ainda assim acessível e divertido.
Apesar do mercado de deckbuilders estar bem concorrido, poucas vezes se vê uma combinação tão harmônica de temas: aqui, o clima sci-fi e a mecânica de construção de baralho se fundem para oferecer uma experiência bem diferente do habitual. É uma mistura que, no passado, aparecia apenas em ideias experimentais e mods, mas que agora surge como um produto completo e polido. Algumas pessoas podem se perguntar se essa união de gêneros funciona de fato ou se é apenas uma moda passageira. Porém, conforme relatos iniciais de testadores e amantes de jogos de cartas, o título tem mostrado grande potencial, atraindo até quem normalmente prefere jogos de simulação espacial ou de estratégia em turnos.
Um Deckbuilder Espacial com DNA Brasileiro
Desenvolvido pela Post Mortem Pixels, um estúdio brasileiro que vem se destacando no cenário indie, o game apresenta um conceito que mescla elementos de jogos de tabuleiro tradicionais com combate interplanetário. As partidas se desenrolam em um mapa galáctico cheio de rotas alternativas, e cada escolha exige planejamento minucioso do baralho. A distribuição de cartas de ataque, defesa e habilidades especiais se reflete na performance da sua nave em combates. É parecido com a experiência de montar uma “mão perfeita” em jogos de cartas físicos, mas com a adrenalina adicional de estar viajando pelo espaço, rumo a sistemas estelares inexplorados.
A cada vitória, o jogador ganha novas cartas para aprimorar sua estratégia, o que lembra a evolução típica de outros títulos de construção de baralho. No entanto, aqui se soma o fator roguelike, trazendo um tempero de imprevisibilidade: não há garantias de que as rotas serão seguras, e é preciso equilibrar os recursos da nave, como combustível e melhorias, para não ficar na mão em algum canto remoto da galáxia. Essa incerteza estimula o retorno a cada nova aventura, sempre buscando baralhos mais consistentes e soluções inteligentes para inimigos cada vez mais ousados.
O pessoal do IGN destacou em uma prévia que o jogo surpreende por conseguir agradar tanto quem gosta de deckbuilding clássico, como Slay the Spire, quanto quem prefere experiências espaciais mais táticas, inspiradas em títulos como FTL: Faster Than Light. E não é raro ver jogadores compartilhando histórias de partidas em que um simples descuido levou à destruição total da nave — algo que, curiosamente, faz querer tentar de novo imediatamente, pois a sensação de “poderia ter feito melhor” é intensa.
Estratégias Galácticas e Influências Variadas
Talvez um dos aspectos mais envolventes seja como a trama e a jogabilidade se entrelaçam. A nave principal serve como uma representação direta de seu baralho: cada carta está ligada a uma arma, um sistema defensivo ou uma habilidade de reparo. Assim, quando se entra em combate, é preciso pensar não só em ativar a carta certa no momento certo, mas também em como manter o casco da nave intacto, gerenciar a energia dos sistemas e planejar cada sequência de ataques.
Essa ênfase na tática em turnos desperta lembranças de jogos antigos em que cada movimento precisava ser cuidadosamente calculado. Entretanto, aqui a abordagem é moderna, com interface intuitiva e visuais detalhados — algo que reflete bem a evolução dos deckbuilders dos últimos anos.
Em um artigo recente no Rock Paper Shotgun, foi mencionada a atenção da Post Mortem Pixels em refinar aspectos de equilíbrio durante o Acesso Antecipado. O estúdio brasileiro investiu em atualizações constantes, respondendo a feedbacks para garantir que nenhuma carta ficasse “apelona” ou que o progresso deixasse de ser recompensador. Essa dedicação é particularmente animadora para quem busca um título que sobreviva ao teste do tempo, recebendo melhorias substanciais a partir da própria comunidade de jogadores.
Ampla Variedade de Caminhos
- Rotas espaciais cheias de surpresa: Cada jornada é diferente, com rotas que podem oferecer recompensas fabulosas ou batalhas incrivelmente desafiadoras. Isso exige que se pondere o risco-benefício antes de escolher um trajeto.
- Cartas com sinergias criativas: Combinar múltiplas cartas para desencadear ataques em cadeia ou contra-ataques pode resultar em momentos de pura satisfação. Uma decisão certa pode mudar totalmente o rumo do combate.
- Gerenciamento de recursos: Não basta apenas ter um deck balanceado. Será preciso cuidar de combustível, reparos e upgrades da nave, o que faz cada crédito investido ter um peso ainda maior.
- Elementos narrativos intrigantes: Há uma história de pano de fundo que motiva a exploração, inserindo o jogador num conflito galáctico maior e incentivando a progredir para ver o desfecho.
- Evolução contínua: Por ter nascido em Acesso Antecipado, o jogo passou por inúmeras melhorias, polindo suas mecânicas e equilibrando o nível de desafio. A tendência é que a versão final seja ainda mais rica em conteúdo.
Um Futuro Brilhante nos Card Games Espaciais
É muito interessante observar como o cenário de jogos de deckbuilding vem evoluindo, especialmente com estúdios independentes trazendo ideias ousadas e criativas. A Post Mortem Pixels, sendo um time brasileiro, reforça a noção de que boas experiências podem vir de qualquer lugar do mundo, e não apenas dos grandes polos de desenvolvimento. A pluralidade de influências está evidente no design, que mistura arte inspirada em quadrinhos de ficção científica com mecânicas herdadas de clássicos do gênero.
Para os que já experimentaram demos ou acompanharam streams, fica claro que a experiência é viciante. Há quem goste de comparar a emoção dos combates às memórias de passar madrugada inteira enfrentando chefes espaciais em jogos retrô. Mas aqui tudo se renova ao incluir cartas que podem mudar a maré de uma luta em segundos, especialmente se forem bem combinadas ou usadas de forma inteligente contra as vulnerabilidades do inimigo.
O jogo foi lançado hoje e a expectativa é que a comunidade cresça em torno dele, seja trocando dicas de construção de baralho ou compartilhando proezas em combates difíceis. Se o histórico de atualizações no Acesso Antecipado servir de indicação, podemos esperar que a Post Mortem Pixels continue a lapidar o jogo, quem sabe adicionando mais modos de jogo, histórias paralelas e conjuntos de cartas para manter tudo fresco e estimulante. Esse suporte pós-lançamento costuma ser determinante para a longevidade de muitos jogos independentes.
No fim das contas, a ideia de um deckbuilder espacial, que equilibra desafios táticos e exploração, tem grandes chances de deixar sua marca entre os aficionados por jogos que combinam mecânicas profundas com temáticas originais. É verdade que, hoje em dia, há um card game novo surgindo quase toda semana, mas poucos conseguem manter o jogador engajado por horas. A aposta aqui é que a junção de combate, história bem elaborada e evolução de baralho posicione este título como um forte candidato para agradar tanto novatos quanto veteranos.
É o tipo de experiência que lembra a sensação de descobrir um novo mundo: você entra apenas para “testar” e, quando percebe, já está imerso em estratégias mirabolantes e não quer mais parar. A Post Mortem Pixels parece estar no caminho certo para entregar um produto marcante e cheio de personalidade, capaz de satisfazer a curiosidade de quem gosta de experimentar mecânicas híbridas. Se tudo correr bem, este jogo não só consolidará o estúdio no mercado internacional, mas também servirá de inspiração para novos projetos que combinem gêneros de forma criativa.
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Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!