Exploração sem mapas e grind pesado: Pantheon mira veteranos de MMOs clássicos
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Pantheon: Rise of the Fallen é um MMORPG que promete resgatar a essência dos jogos clássicos como EverQuest. Com uma abordagem nostálgica e dificuldade elevada, ele se distancia dos jogos modernos ao evitar mecânicas acessíveis, mapas detalhados e explicações claras. No entanto, sua ênfase na dificuldade e na cooperação apresenta um grande desafio, tornando-o atraente apenas para um público bem específico.
Desde o início, o jogo deixa claro que não haverá ajuda. A criação de personagens é superficial e carece de informações úteis sobre classes e raças. Jogadores iniciam em uma caverna com pouca ideia do que fazer. O tutorial cobre apenas o básico, deixando você perdido em um mundo sem mapa, sem missões guiadas e sem pistas claras sobre onde ir. Jogadores precisam descobrir tudo sozinhos ou recorrer a fóruns e vídeos para entender o funcionamento do jogo.
Exploração e desafios extremos
Avançar em Pantheon exige paciência. O jogo favorece um sistema de grind clássico, onde matar lobos e morcegos repetidamente é a principal forma de progresso inicial. Mesmo assim, enfrentar inimigos simples pode ser arriscado, já que alguns ataques podem causar mortes instantâneas.
A falta de orientações é um obstáculo significativo. Por exemplo, sair da área inicial exige que você encontre um caminho submerso em um lago – algo que muitos jogadores só descobrem com ajuda externa. Além disso, os primeiros níveis são preenchidos por derrotas frequentes e tentativas frustrantes de evitar inimigos poderosos demais para enfrentar sozinho.
Apesar disso, há momentos de descoberta recompensadores. Aprender que é possível escalar penhascos à la Breath of the Wild transforma a exploração e dá uma sensação de realização, mas esses momentos são raros em meio a tantas frustrações.
Foco em cooperação, mas pouca acessibilidade
Pantheon é projetado para jogadores que preferem a experiência de um MMO social e cooperativo. Formar grupos para enfrentar inimigos e explorar dungeons é essencial. No entanto, a dificuldade inicial e a falta de conectividade com outros jogadores antes de alcançar hubs centrais tornam a experiência solitária e pouco envolvente para novos jogadores.
Mesmo sistemas básicos, como crafting, demandam muito tempo e esforço. Criar armas e armaduras requer horas de coleta de materiais, enquanto profissões de crafting são permanentes – uma escolha mal feita pode significar refazer o personagem.
Estética clássica e falta de envolvimento com o mundo
Visualmente, Pantheon aposta em uma estética genérica de fantasia medieval, mas com gráficos que parecem datados. A história e o mundo também deixam a desejar. Apesar de várias facções e missões, o jogo oferece pouco contexto narrativo, dificultando a imersão no universo proposto.
Para um público específico
Pantheon: Rise of the Fallen é uma carta de amor aos veteranos de MMORPGs clássicos. Jogadores que apreciam desafios, mecânicas sociais profundas e a sensação de conquista podem encontrar algo especial aqui. No entanto, a experiência não é para todos. Frustrações, falta de acessibilidade e recompensas escassas tornam o progresso cansativo.
Em acesso antecipado, o jogo tem potencial, mas precisa de melhorias significativas para atrair um público mais amplo. Para quem busca nostalgia e não se importa em investir muitas horas, Pantheon pode ser o desafio ideal.
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Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!