Explosões e táticas brutais: Wartorn transforma anões em heróis

Wartorn

Wartorn é um jogo de tática em visão aérea ambientado em um universo de fantasia, criado em colaboração com um dos designers principais de Bioshock. Sua inspiração vem de um título pouco lembrado da Bungie, cujo foco era comandar anões para explodir zumbis. Essa combinação inusitada mistura elementos de estratégia clássica com um toque de humor sombrio e, segundo a desenvolvedora, promete trazer uma jogabilidade voltada para decisões rápidas, combate tenso e momentos de alívio cômico no meio do caos.

A proposta de Wartorn chama atenção porque não se limita a uma simples cópia de jogos táticos conhecidos. Em vez disso, busca criar uma experiência que valoriza a flexibilidade do jogador ao escolher como lidar com hordas de inimigos mortos-vivos. Há algo de nostálgico na referência a anões usando explosivos, lembrando jogos antigos que deixavam uma liberdade considerável para estratégias criativas. Essa familiaridade, aliada ao potencial de um mundo de fantasia repleto de ameaças, dá a impressão de que Wartorn pode ocupar um espaço interessante entre os fãs de táticas em tempo real.

De acordo com uma prévia divulgada no Rock Paper Shotgun, a equipe de desenvolvimento deixou claro que não quer apenas reciclar ideias já vistas em jogos clássicos. Mesmo com a evidente inspiração em títulos de antigamente, há a tentativa de modernizar o gênero, mantendo um ritmo de ação mais fluido. É algo que se percebe também na forma como o jogador comanda as tropas: em vez de simplesmente dar ordens estáticas, o game estimula que se aproveite o cenário e os recursos disponíveis para criar armadilhas improvisadas e emboscadas contra os inimigos.

Uma análise do PCGamesN destaca que Wartorn reforça o senso de urgência no campo de batalha, inserindo mecânicas de risco e recompensa. Assim, se o jogador optar por levar mais explosivos, pode acabar enfrentando a falta de outras ferramentas de suporte. É um equilíbrio delicado, pois todo recurso extra pode significar uma redução na capacidade de manobra. A ideia é lembrar que, em batalhas, nem sempre existe tempo para elaborar planos complexos, e que a espontaneidade pode ser tão valiosa quanto a estratégia a longo prazo.

Anões, Explosivos e Zumbis

Talvez o elemento mais curioso de Wartorn seja justamente o papel central dos anões munidos de bombas, algo que lembra a série Myth, criada pela Bungie, na qual unidades anãs lançavam explosivos contra ondas de inimigos. Enquanto Myth era notável por seu tom sombrio e dificuldade alta, Wartorn parece adicionar um certo toque de humor ao ressuscitar essa ideia. A possibilidade de explodir zumbis com barris de pólvora tem certo charme, mas é preciso estar atento ao fato de que os anões também podem se prejudicar se estiverem muito próximos das detonações.

Alguns jogos do passado tentaram algo similar, mas nem sempre obtiveram sucesso em equilibrar diversão e tática apurada. Em Wartorn, o cuidado com o posicionamento das unidades e a forma como se lida com a progressão do mapa podem ser decisivos. Tudo indica que, além do fator explosões, haverá diferentes tipos de armas e habilidades para as diversas classes, assegurando que cada missão possa ser executada de maneiras variadas. Para quem guarda boas memórias de jogos de estratégia com ângulos de câmera abrangentes, retomar esse estilo pode trazer uma sensação de redescobrir uma era de ouro do gênero, só que com uma roupagem moderna.

Táticas Revitalizadas

Algo interessante de notar é como a criatividade dos desenvolvedores se reflete no design de nível, facilitando ou dificultando a mobilidade das tropas conforme avançam pelos cenários. Em muitos jogos de estratégia top-down, há um padrão de movimentação previsível, mas Wartorn pretende subverter essa expectativa inserindo terrenos dinâmicos e ameaças que forçam adaptações constantes. É a evolução natural de jogos como Commandos ou mesmo Men of War, nos quais cada detalhe do mapa podia ser explorado para surpreender o inimigo.

Essa visão se estende aos confrontos contra os mortos-vivos. Diferentemente de certos games em que zumbis são apenas inimigos lentos, Wartorn sugere variedades de oponentes que podem exigir posturas de combate bem diferentes. É provável que uns sejam ágeis, outros cuspidam projéteis, e ainda existam gigantes capazes de derrubar paredes improvisadas. A impressão é de que o jogador terá de dosar ousadia com bom senso, lembrando o quanto, em situações passadas, confiar demais em um único tipo de tropa pode levar à derrota.

Principais Elementos que Chamam Atenção

  1. Mistura de humor e horror: Anões explosivos enfrentando zumbis cria um contraste curioso.
  2. Ritmo de ação contínuo: A possibilidade de improvisar emboscadas e manobras rápidas sugere combates intensos.
  3. Variedade de inimigos: A promessa de hordas de zumbis diferentes, cada qual com habilidades específicas.
  4. Mundo de fantasia: Cenários e criaturas únicas, expandindo as opções de estratégias criativas.
  5. Inspiração em títulos clássicos: Resgata elementos de jogos veteranos sem deixar de incluir melhorias atuais.

Em conclusão, Wartorn chega com a intenção de unir nostalgia e modernidade. Para os jogadores que apreciam gerenciar tropas em meio a um caos controlado, parece uma proposta com potencial de expandir o que se espera de um jogo de tática. No fim das contas, a escolha de juntar anões, explosivos e zumbis não é apenas um atrativo visual, mas um convite para explorar estratégias que podem variar do simples ataque frontal a esquemas elaborados de cerco. Talvez esse seja o grande trunfo: permitir que cada missão seja abordada de formas distintas, fazendo com que cada vitória seja sentida como um pequeno triunfo pessoal. E, olhando para a receptividade de jogos semelhantes em anos passados, a combinação de referências ao gênero clássico com novas ideias costuma render experiências memoráveis.

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Por Rafael "Peleh"

Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!