Novo Ninja Gaiden 2D chega em breve com combate afiado

NINJA GAIDEN Ragebound

Ainda não foi lançado, mas Ninja Gaiden: Ragebound já chama atenção por seu equilíbrio peculiar entre o novo e o clássico. Ao deixar Ryu Hayabusa de lado e focar em Kenji Mozu, discípulo do lendário ninja, o jogo nos coloca dentro de um spin-off que tem tudo para brilhar por conta própria. A ambientação paralela ao primeiro Ninja Gaiden é apenas o ponto de partida: o que realmente importa aqui é o combate preciso, os desafios ferozes e o charme estiloso do pixel art que a The Game Kitchen já provou dominar.

Com uma direção mais colorida e vibrante que a de Blasphemous, seu projeto anterior, Ragebound propõe algo ousado: ser rápido e técnico, sem cair na armadilha do punitivo gratuito. E, ao menos pelo que foi mostrado até agora, parece que a fórmula está funcionando.

Um combate de precisão milimétrica

Logo no tutorial, Ragebound mostra que não está aqui para facilitar. Mas, diferente do que muitos esperariam de uma fusão entre Ninja Gaiden e Blasphemous, a dificuldade não parece ser baseada em frustração, mas sim em aprendizado. Cada golpe tem peso. A movimentação, embora veloz, exige atenção. E os inimigos? Quase sempre caem com um único corte.

A graça está em chegar perto o suficiente para atacar sem ser atingido — o que envolve esquivar de projéteis, calcular posicionamento e, o mais importante, escolher quem derrubar primeiro. O jogo premia a ordem correta de ataques com bônus táticos. Inimigos com aura brilhante, por exemplo, garantem um ataque carregado instantâneo ao serem derrotados. Mas usá-lo exige timing: deixe para depois e ele desaparece.

Essa mecânica de gestão do momento certo para aplicar o dano máximo adiciona um elemento de xadrez à pancadaria. Ragebound é tão visualmente frenético quanto taticamente exigente.

NINJA GAIDEN Ragebound

A fusão que transforma o combate

Em uma das seções do preview, Kenji se funde com Kumori, uma ninja do clã rival Black Spider. A união entre os dois personagens — além de permitir diálogos tensos e dinâmicos com a manifestação espectral dela — desbloqueia novas habilidades, abrindo caminhos de jogabilidade que transformam a experiência.

Essa fusão não só aprofunda a narrativa, como também serve como divisor de águas mecânico. Ranged attacks, super movimentos e uma seção com mecânica de teleporte pontual revelam que Ragebound vai muito além do “só mais um soulslike 2D”. Ele sabe variar ritmo e foco, alternando entre precisão em combate e desafios de plataforma cronometrados que exigem domínio dos controles.

Velocidade com estratégia

Ao contrário de muitos títulos do gênero que priorizam apenas reflexo, Ragebound quer que você pense. O melhor caminho para vencer uma sala raramente é simplesmente eliminar todos os inimigos o mais rápido possível. É sobre observar o padrão, identificar o inimigo-chave, reagir rápido e executar com precisão. E, às vezes, é sobre falhar, aprender e tentar novamente com uma nova abordagem.

Essa abordagem se destaca especialmente nos encontros contra chefes. O preview mostra um deles: um demônio flamejante que exige atenção total a áreas de dano, momentos de recuo e oportunidades breves para atacar com força. O ritmo é intenso, mas nunca injusto — algo raro em jogos que buscam ser desafiadores.

Pixel art viva e brutal

Visualmente, Ragebound já se destaca como uma das obras em pixel art mais expressivas dos últimos anos. Esqueça os tons soturnos e monótonos. Aqui, o mundo pulsa com cor, contraste e violência. Cada corte deixa uma marca, cada animação de combate tem impacto.

É o tipo de arte que não serve apenas para enfeitar, mas que amplifica a sensação de estar no controle. Quando o jogo acerta esse equilíbrio entre forma e função, tudo ganha um peso especial. Há algo de visceral no “shwick” da katana cortando o inimigo em um só golpe — e é viciante.

NINJA GAIDEN Ragebound

Influência Dotemu e acessibilidade

Apesar da dificuldade, Ragebound parece querer evitar cair na armadilha da elitização. A Dotemu, responsável por pérolas como TMNT: Shredder’s Revenge e Streets of Rage 4, provavelmente teve papel importante nesse cuidado. Seus jogos são desafiadores, mas acessíveis — e a mesma filosofia parece guiar Ragebound.

Isso fica claro no design das fases, na curva de aprendizado bem calibrada e no modo como o jogo introduz novas habilidades aos poucos. Mesmo quem se assusta com jogos difíceis pode acabar encontrando aqui um terreno fértil para testar seus reflexos sem cair no desespero.

Mistério e potencial

A trama, até agora, é envolta em mistério. A ligação de Kenji com Ryu Hayabusa, os fantasmas que habitam seu caminho, o clã rival e a ameaça crescente — tudo parece servir como pano de fundo para uma jornada de combate, vingança e honra. Mas a promessa de mais camadas narrativas e reviravoltas está ali, latente.

E embora o jogo ainda não tenha data exata de lançamento, tudo indica que chega ainda neste ano, durante o segundo semestre. Se a versão final mantiver a intensidade e a diversidade de opções vistas no preview, Ragebound tem tudo para se destacar entre os lançamentos mais afiados de 2025.

Com seus combates cravados em precisão, arte explosiva em pixel e um foco estratégico raro no gênero, Ninja Gaiden: Ragebound pode se tornar não só uma homenagem à série clássica, mas um novo marco dentro do estilo side-scroller 2D.

É cedo para cravar, mas se você já se pegou sonhando em cortar inimigos com estilo e inteligência, esse pode ser o jogo que estava esperando. E o melhor: a espera não deve ser longa.

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Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!