Trash Goblin: transforme lixo em tesouro nesta aventura acolhedora

Trash Goblin
Ano: 2025
Gênero: Jogos de Gerenciamento de Lojas
Avaliação: 9/10 1 1
★★★★★★★★★
Trash Goblin

Logo que entrei em Trash Goblin, achei que ia só passar uns minutos raspando sujeira virtual, mas quando vi, estava há horas limpando, consertando e decorando minha própria lojinha de tesouros esquecidos. O jogo tem um jeitão de relaxar sem ser parado, e me pegou justamente por isso: você entra achando que vai só brincar de faxina e acaba mergulhado num mundo onde cada objeto carrega uma história, um brilho escondido debaixo da poeira. É tipo cuidar de um antiquário mágico, onde tudo depende do seu olhar e da sua dedicação. E quando você percebe, virou especialista em garimpo, restaurador de memórias e dono de um negócio todo seu — tudo isso com o ritmo tranquilo de quem joga mais pra curtir do que pra vencer.

Pegar lixo e enxergar valor

O que encanta em Trash Goblin é a transformação. Você começa com três ferramentas simples, sujando as mãos — literalmente — para descobrir peças escondidas em itens antigos. O ato de raspá-los lembra um mini puzzle tipo Puzzle Bobble, mas manual: cada bloco de sujeira pode ser removido com estratégia — direto ou inclinado, exigindo atenção. Essa conexão com quebra-cabeças leves adiciona camadas ao processo artesanal. Se você gosta de minigames que fazem o cérebro dormir de leve, vai se sentir em casa.

Dependendo do tipo de sujeira — lama grossa, ferrugem, tinta velha — o uso da ferramenta certa faz toda a diferença. A estética remete a Powerwash Simulator, mas aqui é reciclado com propósito — não é só limpeza, é descoberta. E cada item removido revela surpresa: um relógio antigo, uma máscara estranha, um brinquedo deformado que pode virar arte.

Trash Goblin
Transformar lixo em produtos é parte essencial do jogo

Restaurar e personalizar: a alma do negócio

Depois de limpar, vem a restauração. Você reconecta peças, pode desenhar, adicionar elementos como alças ou pintura — criativo até mais não poder. Isso lembra parte do que Slime Rancher faz com ranchinho, mas aplicado ao bazar: tudo obedece lógica de restauro e estilo pessoal. É quase um RPG da restauração — só que sem inimigos, apenas potencial artístico.

Transformar uma bugiganga em uma peça vendável dá um leve choque de satisfação. Era por essas pequenas vitórias que eu voltava? Sim — e isso me trouxe paz, naquela repetição gentil que apenas jogos cozies execuem bem.

Trash Goblin
Customização e personalização dos produtos é essencial

Clientes excêntricos que dão vida à rotina

O elenco visitantes é parte essencial. São 33 personagens com personalidades, pedidos específicos, gostos singulares e pequenas histórias reveladas em cada encontro. Ouvido certa quantidade de pedidos, comecei a me sentir parte da comunidade local, como um fazedor de memórias — quase um NPC emocional, sabe? Um pouco mais e me senti como em Animal Crossing trocando figurinhas, só que com item restaurado e generoso.

Não há pressão de tempo: um pedido pode demorar vários dias para ser atendido, e isso torna o tempo de retorno parte da experiência — relax, polling natural sem ansiedade. Cada cliente também chega com frases fofas, e isso quebra a rotina de raspagem e montagem, trazendo sorrisos inesperados.

Trash Goblin
Clientes vão e vem com suas demandas

Progressão sem estresse, mas com propósito

Há dias divididos em seis ações — limpar, montar, vender — e isso dá ritmo sem pressa. A curva de licença de ferramentas exige planejar: se quero limpar mais itens, preciso comprar chaves, esponjas melhores, bancada maior. O sistema lembra Stardew Valley, mas aqui é mais leve: nada de campos grandes, colheitas, ou relacionamentos amorosos — apenas minha loja e meu jeito de cuidar dela.

A rotina de grind nunca pesou. Alguns acharam repetitivo, muitos acharam: “sim, é repetitivo — mas acolhedor”. Eu fiquei no meio: às vezes repetitivo, mas quando a bugiganga certa aparece, a satisfação é gratidão pura.

Trash Goblin
Progressão do jogo é tranquila e divertida

Customização e mudanças visíveis

Gastei meus créditos decorando a loja: adicionei estufas de lavagem, esqueci dos papéis de parede, posicionei luminárias e prateleiras. Só isso já virou terapia visual. É o tipo de customização que lembra The Sims ou Animal Crossing, mas com edição pontual para a essência do bazar — nada intimidador, só casa com alma.

Isso ganhou graça extra porque, ao vender mais itens, desbloqueei mais espaço e mais opções de decoração. O casco antigo virou empório de nostalgia — e isso me segurou por horas.

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A loja também pode ser personalizada com decoração

Repetição criativa vs estagnação

Sim, há repetições — raspagem, limpeza e restauração formam o núcleo. Mas o comportamento é quase meditativo — você aprende cada nuance do ritmo. Alguns dizem que o loop acaba rápido e queria mais variação — e concordo em partes. Mas lembrei de Powerwash Simulator: era mesma sensação — repetir, repetir — e nunca se cansar.

Faltam mais minigames, sugerem um gameplay designer. Mas patches têm trazido novas ferramentas, personagens, itens. Isso mostra compromisso com a comunidade. Vejo potencial.

Bugs, Steam Deck e o suporte ativo

Na Steam Deck, o jogo roda bem, com controle detectado e sem poluição visual. Vi problemas só no início — itens desaparecendo, NPCs sumindo. Mas os patch notes mencionam correções rápidas, incluindo botão de continuar diálogo para evitar sequências puladas. Os devs respondem ativamente nos fóruns. Isso acalma quem investe.

Trash Goblin
Os clientes podem ser cômicos e misteriosos, trazendo vida ao jogo

Vale seu tempo?

Se você quer um jogo onde a rotina é pacífica, o objetivo é restaurar e o resultado é visível e bonito, Trash Goblin é presença fiel no meu dia a dia. É soja, música calma e alma criativa. Ideal para quem curte Animal Crossing, Stardew Valley, Powerwash Simulator. Se achou que o grind seria entediante, experimente. Porque aqui, o valor está na mão que dá vida ao objeto.

É minimalista, hippie, quase artesanal — mas é viciante. É semente que você planta num mundo acolhedor, e que cresce aos pouquinhos.

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Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!