#The Witcher

The Game Awards voltou e The Witcher 4 aparece entre os mais aguardados. A CD Projekt confirmou nas redes sociais que não vai trazer nenhuma novidade do jogo para o evento. Eles agradeceram o apoio dos fãs e disseram que vão assistir à cerimônia como público.

Em teleconferência de resultados do terceiro trimestre, a CD Projekt reiterou que The Witcher 4 está em produção em escala total desde novembro de 2024. A empresa afirmou que o título não será lançado em 2026; a janela mais próxima é 2027 ou depois. A mudança para Unreal Engine 5 está indo bem e deve ajudar a agilizar o desenvolvimento.

A CD Projekt também lembrou que The Witcher 4 é o primeiro de uma nova trilogia. A meta é lançar os dois jogos seguintes em um ritmo mais curto e terminar a trilogia dentro de seis anos após o lançamento do quarto jogo. A ideia é reduzir o intervalo entre os títulos.

Mesmo assim, muita gente fica cética. A desenvolvedora demorou anos para lançar jogos principais no passado e já teve problemas com excesso de trabalho. A empresa diz que não quer repetir os erros e que vai tentar evitar crunch, mas só o tempo dirá se vão cumprir o plano. E você, confia que a CD Projekt vai entregar The Witcher 4 e a trilogia sem pressa e sem sacrificar a equipe?

Doug Cockle, voz de Geralt nos videogames, elogiou a atuação de Liam Hemsworth como Geralt de Rívia na quarta temporada da série na Netflix. Muitos críticos perceberam que Hemsworth ficou mais discreto em comparação a Henry Cavill e que a série passou a funcionar mais como um trabalho de conjunto. Em evento, Cockle disse que gostou do trabalho de Cavill, mas que Hemsworth se sai bem e fez o papel do jeito dele. Hemsworth optou por não imitar a voz de Cavill — algo que para parte do público é muito importante —, mas Cockle vê essa diferença como positiva. A quarta temporada teve avaliações mistas e perdeu público em relação às anteriores, porém a quinta foi filmada junto com a quarta e está praticamente pronta, com estreia prevista para o fim de 2026. A troca de atores evidencia o desafio de equilibrar expectativas dos fãs dos jogos com as escolhas da série para a TV. E você, prefere a versão de Henry Cavill ou a de Liam Hemsworth como Geralt de Rívia?

A Valve ampliou a largura das páginas da Steam de 940 para 1.200 pixels. A mudança começou no cliente beta em agosto e já está disponível para todos os usuários. Com isso, as imagens na loja podem ser exibidas em maior resolução, e surgem novos modos de visualização para imagens e trailers, como o modo theater e o modo de tela cheia.

As páginas de busca, pacotes e Steam Charts ficaram mais espaçosas, e a reforma afeta outras áreas da loja, abrindo mais espaço para editores mostrarem seus jogos. A Valve também planeja expandir a página inicial da loja no futuro, com ajustes semelhantes.

Por que 1.200 pixels? A Valve disse que muitos jogadores têm monitores 4K, mas nem sempre rodam o cliente ou o navegador em tela cheia. Esse tamanho oferece mais conteúdo sem atrapalhar a navegação. Testes chegaram até em telas bem pequenas, como um iPod antigo, e o resultado foi que funciona na maioria das situações, ainda que tudo fique pequeno em telas minúsculas.

O texto cita The Witcher 3, com uma imagem gigante de Geralt criada por um modder e incluída em um mod popular, o que dá um tom divertido à matéria. Você já testou a nova largura da Steam?

Quando The Witcher 3: Wild Hunt chegou em 2015, o sucesso foi gigante. Mas, na visão da CD Projekt, o êxito parecia incerto antes do lançamento. Eles temiam a competição de Batman: Arkham Knight, da Rocksteady Studios, que chegava naquele verão.

O medo não era apenas pela expectativa, mas pela chance de Arkham Knight ocupar espaço nas lojas. Em entrevista, a CD Projekt co-CEO Michał Nowakowski explicou que houve grandes discussões sobre marketing, principalmente com o varejo nos EUA, Reino Unido e Alemanha, para convencer as redes a investir nesses canais. Os varejistas controlam janelas de marketing e visibilidade na gondola, com duas semanas para cada jogo. A decisão pode derrubar ou elevar o título.

Nos EUA e na Europa, a distribuição ficava da Warner Bros; a CD Projekt saiu em turnê para apresentar o jogo a lojas como Walmart e GameStop, recebendo respostas como ‘Vocês não são Bethesda’.

Para piorar, Arkham Knight foi lançado na mesma janela, gerando competição direta. Além disso, a Warner Bros era distribuidora e editora de Arkham Knight, aumentando a pressão. ‘Lembro de ver a Rocksteady chegar com o carro na demo; parecia que iam nos passar a perna’, lembra Nowakowski. Arkham Knight foi adiado de maio para 23 de junho.

Hoje, The Witcher 3 é lembrado como um dos melhores RPGs de todos os tempos. Para celebrar os 10 anos, em entrevista, contam segredos do desenvolvimento: a CD Projekt hackeou tempo e espaço para trazer Charles Dance ao elenco, e o co-CEO Adam Badowski exigiu mergulho e áreas subaquáticas no jogo.

Você acha que o timing de lojas faz ou quebra o sucesso de um lançamento?

Uma das minhas lembranças favoritas de The Witcher 3 é ter chegado em casa, meio bêbado, com um amigo, e decidir dividir os controles ao meio. Em cinco minutos, morri ao tropeçar numa ponte tão baixa que caí no rio bem raso. Se fosse na água mais funda, eu teria sobrevivido. Isso foi discutido pelo co-CEO da CD Projekt, Adam Badowski, que perguntou: ‘há água, há natação? há mergulho?’. A resposta é simples: se há água, há natação; se há natação, há mergulho, abrindo locais completamente novos. A equipe entendeu que esse detalhe pode mudar toda a experiência.

Natação é uma mecânica polêmica: ou você detesta, ou aceita. Pessoalmente, só funciona bem quando é o foco do jogo, como em Abzu. Badowski explica que imersão nasce justamente disso: ‘se há água, há natação; se há natação, há mergulho; se há mergulho, você precisa de locais novos’.

Mecânicas simples como o game over ganham camadas: no GTA, não é só morrer por obstáculo, mas falhar uma missão e ver o mundo reagir. Em mundos abertos, as consequências aparecem e a produção fica ainda mais complexa.

Esses detalhes — como nadar — ajudam a manter a imersão. Às vezes missões são limitadas pela geografia, mas o mundo aberto oferece várias possibilidades; é justamente essa simplicidade carregada de consequência que move o desenvolvimento.

Qual detalhe de mundo aberto você acha que mais aumenta a imersão?

Prepare-se, gamer! Andrzej Sapkowski acaba de lançar Crossroads of Ravens, um prequel épico do universo Witcher, mas quando perguntaram se ele está envolvido em The Witcher 4, a resposta foi um sonoro “não”. Apesar de CD Projekt Red ter pedido dicas no passado, hoje isso é raridade – afinal, o estúdio já expandiu tanto a lore que até criou escolas de bruxos a partir de uma referência casual do autor! Sapkowski garante que os contratos estão “excelentes” após o acordo milionário de 2019, mas não espere que ele esteja escrevendo diálogos para Geralt. Enquanto isso, The Witcher 4 promete abrir uma nova trilogia, mas como só entrou em produção no fim de 2024, segura a ansiedade: vai demorar. Ah, detalhe importante: o diretor narrativo do jogo já sabe os segredos de Crossroads of Ravens, então pode apostar que algumas pistas vão aparecer nessa nova saga. Hype ativado? Porque o Conto do Bruxo está prestes a ganhar um novo capítulo – e você não vai querer ficar de fora!