Warm Monkey: um bando de macacos tentando sobreviver na selva urbana
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A proposta de Warm Monkey é tão absurda quanto genial. Você começa controlando um único macaco, perdido em meio a uma cidade grande e movimentada. Mas há um detalhe importante: a cada dez segundos, um novo macaco se junta ao grupo.
Seu objetivo? Levar o bando até o mar, atravessando ruas, praças, prédios e tudo que surgir pelo caminho. Parece simples, mas logo fica claro que manter um grupo crescente sob controle é um desafio imprevisível. Com mais membros, vêm mais problemas. O espaço se torna apertado, os caminhos ficam mais difíceis e a sede de todos só aumenta.
A cidade é viva, dinâmica e perigosa. Os carros não param para esperar, obstáculos inesperados surgem o tempo todo e nem sempre os macacos fazem o que você gostaria. A experiência oscila entre momentos de pura estratégia e caos absoluto.
Liderança, estratégia e hidratação obrigatória
Se apenas manter a coesão do grupo já não fosse complicado, há um detalhe crucial: macacos precisam de água. Conforme o bando cresce, a necessidade por hidratação aumenta. Pequenas poças e fontes espalhadas pela cidade são essenciais para a sobrevivência, mas encontrar um reservatório grande o suficiente para um grupo enorme pode ser um verdadeiro pesadelo logístico.
A sede não é a única preocupação. Se um dos macacos do grupo morrer, o jogo segue, mas se o líder for eliminado, outro assume o posto. No entanto, se todos forem derrotados antes de alcançar o mar, é fim de jogo. Isso significa que cada decisão precisa ser calculada. Quem lidera? Onde encontrar abrigo? Qual caminho é mais seguro?
Os desafios ambientais também não facilitam a vida. A arquitetura urbana impõe limitações inesperadas, forçando os jogadores a usarem escadas, pularem vãos e até mesmo escalarem estruturas para escapar de becos sem saída.
O caos controlado e a inteligência artificial imprevisível
Um dos detalhes mais interessantes do jogo está na forma como os macacos se comportam. Apesar de seguirem o líder, eles também demonstram um certo grau de autonomia. Alguns podem se distrair com fontes de água, enquanto outros podem reagir de forma inesperada a eventos do ambiente.
Essa inteligência artificial contribui para momentos hilários e inesperados. Você pode estar tentando atravessar um cruzamento e, de repente, metade do seu grupo decide voltar porque encontrou uma fonte escondida. Essa imprevisibilidade força o jogador a se adaptar rapidamente, garantindo que cada partida seja diferente.
E se tudo parecer perdido, o jogo ainda conta com um modo cooperativo para até quatro jogadores. Aqui, a comunicação se torna essencial, pois manter o grupo unido exige esforço dobrado.
Estética única e ambientação cativante
Visualmente, Warm Monkey aposta em um estilo pixel art minimalista, mas cheio de personalidade. A cidade não é apenas um cenário genérico; ela tem identidade própria, misturando arquitetura moderna com elementos urbanos inesperados.
A paleta de cores e o design isométrico criam um ambiente nostálgico, remetendo a clássicos do passado, mas com um frescor moderno. Já a trilha sonora complementa perfeitamente a experiência, alternando entre sons urbanos e faixas que intensificam a sensação de urgência e descoberta.
Vale a pena jogar?
Definitivamente. Warm Monkey não é um jogo convencional e talvez por isso mesmo seja tão cativante. Ele exige planejamento, improviso e, acima de tudo, paciência para lidar com o caos.
Se você gosta de desafios inusitados, onde cada jogada pode tomar um rumo completamente diferente, esse jogo é um prato cheio. Seja liderando um pequeno grupo em uma jornada tranquila ou comandando um verdadeiro exército de macacos em uma fuga desesperada, cada partida tem seu próprio ritmo e surpresas.
E a grande pergunta que fica: será que você consegue levar todos ao mar? Ou vai sucumbir ao caos da selva urbana?
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Eu sou o Rafael, também conhecido como Peleh. Já vi de tudo no mundo dos games, por isso sou eu quem cuida das notícias e análises de games aqui no Steamaníacos!