Maze Mice — Uma armadilha viciante de roedores, labirintos e escolhas geniais
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Atenção: se você der o primeiro passo em Maze Mice, é bom estar preparado pra não sair tão cedo. Esse jogo é aquela mistura maluca de simplicidade com genialidade que a gente nem sabe como caiu na nossa biblioteca, mas quando percebe… já foram três horas, três personagens desbloqueados e uma run onde o último gato maldito quase acabou com tudo. É um daqueles indies que você começa pensando “vou testar rapidinho” e termina sonhando com upgrades e labirintos coloridos. Sério.
Vamos direto ao ponto: Maze Mice é um roguelite de ação estratégica onde você joga com um camundongo fofo (ou bizarro, dependendo do que desbloquear) que precisa sobreviver em labirintos cheios de perigos, enquanto coleta pontinhos brilhantes de XP pra evoluir e escolher habilidades insanas. A sacada aqui? O tempo só anda quando você anda. E isso muda tudo.
No início, parece só mais um joguinho retrô com carinha de Pac-Man remixado. Mas depois da primeira run, você percebe que ele tem o cérebro de SUPERHOT, o vício de Vampire Survivors e a crueldade de um roguelite que não perdoa erro. Cada passo conta. Se você se move errado, um gato pode cravar as garras em você. Se espera demais, o mapa começa a te engolir. Mas o controle tá 100% na sua mão — e isso é o que torna tudo tão viciante.

Você começa com um camundongo inicial, mas rapidinho desbloqueia mais. São trinta, cada um com sua aparência, stats e equipamento inicial. E não é só cosmético não — o rato que começa com uma arma de agulhas de costura voadora joga completamente diferente daquele que tem regeneração passiva ou escudo giratório. Em cada run, você escolhe entre três upgrades sempre que sobe de nível, e as combinações são absurdamente criativas. Quer virar um tanque invulnerável que explode tudo ao redor? Tem build pra isso. Quer se mover como um ninja e envenenar qualquer um que chegar perto? Também tem.
E cara, a progressão é simplesmente deliciosa. Cada XP coletado parece recompensador. Cada upgrade te dá aquela dúvida gostosa: será que invisto em dano agora ou aumento a regeneração pra sobreviver mais? Será que vale o risco de encarar aquele gato no canto pra pegar aquele ponto de experiência gordo? E não tem esse papo de build certa — o jogo te incentiva a experimentar. E quando você acerta aquela sinergia perfeita… aí, meu amigo, é só brilhar.
A arte é pixelada e charmosa. Tudo é muito claro, os inimigos se destacam bem, os efeitos são suaves e gostosos de ver. A trilha sonora acompanha o clima: começa calma, meio zen, e vai crescendo junto com a tensão da sua run. E sim, dá pra pausar. Isso parece bobo, mas num jogo onde tudo depende de cada movimento, poder parar, respirar e pensar sem ser punido é uma bênção.
Agora, deixa eu te contar uma história rápida. Em uma das minhas runs, eu estava com um rato que tinha bônus de regeneração e alcance. Estava indo bem, pegando XP como se fosse pipoca em sessão dupla de filme, quando me vi encurralado por três gatos e uma sombra que parecia um glitch de outro jogo. Pensei que era o fim. Mas aí percebi que eu tinha um upgrade de dash carregado e… pá! Escapei por um fio de pixel, peguei mais XP, subi de nível, ativei uma explosão passiva e limpei o mapa. Foi tipo final de Copa. E eu ali, sozinho na frente do monitor, rindo igual bobo. Isso é Maze Mice.
Mas nem tudo é queijo suíço. Como todo roguelite em início de jornada, Maze Mice ainda tem algumas limitações. São apenas quatro mapas por enquanto, e depois de umas boas horas, a repetição pode começar a aparecer. Claro que os personagens e upgrades trazem bastante variedade, mas pra quem busca centenas de horas como Slay the Spire ou Hades, talvez ele não seja tão duradouro assim. Outro ponto: o balanceamento ainda está em evolução. Algumas builds quebram o jogo com facilidade, enquanto outras parecem praticamente inviáveis. Mas o dev é ativo, já lançou atualizações, está presente na comunidade e claramente sabe o que está fazendo.

Ah, e sobre performance: tá redondinho. Roda tranquilo até no Steam Deck. No PC, nem se fala. Sem travamentos, sem bugs bizarros, sem tempo de load cansativo. E por ser um jogo leve, é perfeito pra deixar aberto e jogar entre uma tarefa e outra. Uma run pode durar cinco minutos ou meia hora, dependendo do quão bem você joga — e essa liberdade é maravilhosa.
A galera no Steam tá em festa. A taxa de aprovação é altíssima e os comentários são um misto de “socorro, não consigo parar de jogar” com “esse jogo me pegou de surpresa”. Tem muito amor pela simplicidade, pelo carinho colocado em cada detalhe, e principalmente por respeitar o tempo e a inteligência do jogador. Um cara comentou: “Me senti inteligente e burro na mesma run, e amei cada segundo.” Não tem como descrever melhor.
Se você gosta de jogos que fazem muito com pouco, que não precisam de cutscene de 20 minutos nem tutorial gigante pra te prender, Maze Mice é ouro puro. Ele acerta em ritmo, acerta em sensação de progresso, acerta em criatividade. E o melhor: ele sabe exatamente o que é. Não tenta ser algo maior do que precisa — e por isso, entrega uma experiência focada, afiada e divertida pra caramba.
Vale a pena?
Se você curte roguelites, já pode colocar Maze Mice na sua lista agora. Ele é inteligente, viciante e tem aquele gostinho de “só mais uma tentativa” que a gente tanto ama. Mesmo com poucos mapas e algumas builds desequilibradas, o que ele entrega é tão afiado e tão bem feito que é impossível não se apaixonar. Além de tudo, é barato e leve. É o tipo de jogo que vai ficar instalado por muito tempo, te esperando pra mais uma run rápida, mais um combo insano, mais uma risada sozinho no escuro. E olha… ele sempre vale a pena.
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Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!