Storm Lancers: o “rush” que te pega na curva
Você entra achando que é só acelerar: dash pra frente, espada cantando, loot pingando. Só que o próprio jogo te dá um tapa educativo logo no começo. Na prática, já na primeira fase aparecem inimigos com padrões bem diferentes — e aí fica claro o que a nossa experiência também bateu: um pouco de paciência vai te levar longe. Não é “parar e pensar” no sentido tático profundo, mas é aquele tipo de roguelite em que respeito ao timing vale mais do que dedo nervoso no ataque.
No Steam, Storm Lancers se vende como um roguelite de ação 2D com co-op caótico, foco em “slash, dash” e armas variadas — de espadas e katars a rifles e lança-granadas. E isso é importante: apesar de ter armas de fogo, ele não é “um shooter”. No fundo, o coração do jogo é hack and slash com mobilidade e leitura de inimigo — armas de tiro entram como ferramenta, não como identidade (inclusive o próprio Steam traz “Hack and Slash” como uma das tags populares).
O loop é o padrão que você espera de um roguelie: morre, volta, compra upgrades permanentes e tenta de novo. As armas de cada run voltam a “zerar” — o que faz cada tentativa depender mais do que você achou no caminho do que de um kit fixo. Porém, o que realmente muda o jogo são os upgrades de mobilidade: slide, dash e double jump vão “abrindo” o combate e a plataforma: no começo pode parecer travado, inclusive com vários locais inacessíveis, mas melhora quando você vai avançando no jogo. Por um lado, isso deixa cada partida muito parecida com a outra, mas para que presta atenção em cada detalhe da tela, fica sempre a vontade de jogar de novo até conseguir chegar em uma área inacessível.Co-op: onde ele vira outro jogo
Se existe um ponto em que Storm Lancers ganha brilho, é quando entra um parceiro. De um lado, o estúdio empurra forte o “couch co-op caótico”, inclusive com Steam Remote Play Together, aliás só um jogador precisa comprar o jogo, seu amigo pode jogar no co-op com você mesmo sem o jogo. Em dupla, o caos vira diversão, reviver alivia a frustração e a run rende histórias.
O visual é interessante, mas não chega a surpreender. Tem um estilo meio de anime na abertura, mas que não é seguido ao longo do jogo, e os ambientes não tem nada de mais. O áudio do jogo também não surpreende, mas é decente e cumpre seu papel.
O fato de estar em PT-BR vai ser sempre positivo, e ao contrário de muito jogo, a tradução aqui realmente é localizada, e não apenas aquelas traduções automáticas que não fazem sentido.
O jogo brilha no Steamdeck e similares, pois é leve e casa muito bem com um controle. Vi muita gente reclamando do controle do jogo, mas aqui não tive problemas, sempre respondeu ao que eu queria, pelo menos nunca morri por algum problema técnico, mas sim por falha própria.
No fim, Storm Lancers entrega o que promete no básico — ação rápida, co-op divertido, progressão que destrava o jogo — mas não espere uma revolução. Se você gosta de roguelites, hack slash de plataforma ou se quer mais um bom jogo de co-op na sua coleção, ele será um prato cheio!
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