© 2025 Todos os direitos reservados.
Política de Privacidade

WOODROT: o condomínio flutuante que sabe mais de você do que parece

WOODROT coloca você no chinelo de Oswald, zelador de 72 anos de um prédio que, sem explicação, foi parar no meio do oceano. O complexo inteiro está boiando no nada, e todo mundo lá dentro parece se culpar por esse sumiço coletivo. Sua rotina vira bater de porta em porta, checar cada apartamento e encarar um desfile de mundos privados estranhos, em uma aventura 2D surreal focada em conversa, exploração e narrativa.

Cada morador transforma o próprio espaço em outra coisa: a vizinha que converte o apê num lago cheio de sapos, outro que monta uma igreja voltada para blasfêmia, enquanto no porão uma máquina sussurrante continua funcionando sabe-se lá por quê. O prédio muda conforme você joga, reagindo às escolhas: se você vai fundo nas histórias, caça segredos e mexe em tudo, ou se tenta só “cumprir o serviço” de manutenção e seguir em frente. Não é só cenário esquisito, é um labirinto de culpa, rotina e decisões pequenas que acumulam peso.

No meio disso, o jogo espalha coletáveis em forma de esponjas de formatos estranhos, cada uma com personalidade própria, e usa pixel art com perspectiva torta, paleta limitada e música original para reforçar o clima desconfortável. A própria descrição assume influência “lynchiana”: história metafísica, cheia de lacuna, pronta para ser rejogada em busca de mais fragmentos de lore e finais diferentes, sem respostas mastigadas. Tudo feito por dois irmãos, um artista e um programador, o que combina bem com o clima de projeto pessoal estranho e obsessivo. Você encararia passar horas batendo na porta de vizinho esquisito em um condomínio perdido no oceano só para entender o que realmente apodreceu em WOODROT?

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários