Cinco meses depois do lançamento mais forte da história da Funcom, Dune: Awakening está sangrando jogadores de um jeito que ninguém esperava. O MMO de sobrevivência no deserto de Arrakis perdeu mais de 97% da base desde junho, e pela primeira vez ficou com menos gente online do que Conan Exiles, que saiu lá em 2018. A conta é simples: enquanto Dune chegou a ter 189 mil jogadores simultâneos no pico, hoje mal passa dos 4,5 mil. Conan Exiles, mesmo sendo bem mais velho, está com 5,6 mil. Sim, Conan está com promoção de 80% na Steam agora, mas mesmo assim o tombo de Dune impressiona. O problema central parece ser a filosofia do jogo, que pune demais quem não joga constantemente. Sua base some se você ficar algumas semanas fora, veículos se perdem em tempestades, e o jogo basicamente exige babá 24 horas. A Funcom até adicionou um sistema de recuperação de veículos no último patch, mas cobra seguro e ainda devolve o treco mais fraco. Para um MMO que deveria manter gente engajada por anos, essa abordagem punitiva parece ter espantado a galera que tem outras coisas para fazer na vida.
Todd Howard confirmou que The Elder Scrolls 6 é atualmente o principal projeto em desenvolvimento na Bethesda, descrevendo-o como “a coisa do dia a dia” para o estúdio. O diretor comentou que gosta de manter um intervalo entre os jogos da série para evitar repetição, mas reconheceu que o hiato desde Skyrim — lançado há 14 anos — foi longo demais.
Howard revelou também que recentemente acompanhou uma sessão de teste de três horas do jogo com fãs ligados à fundação Make-A-Wish, que ajudaram a criar um personagem em homenagem à comunidade Elder Scrolls. Segundo ele, a conversa serviu para alinhar expectativas e reforçar o que o público espera da nova aventura.
Apesar do progresso, o jogo ainda está longe de ser concluído. Howard brincou que, em um mundo ideal, The Elder Scrolls 6 simplesmente “apareceria” de surpresa, sem anos de marketing antecipado — algo que ele diz ter testado com o lançamento de Oblivion Remastered neste ano. Mesmo que isso soe improvável sob o olhar da Microsoft, a ideia de um lançamento mais contido parece combinar com o tom de mistério que sempre cercou a série.
Durante uma conversa recente com o canal Slandered Gaming, o veterano Trent Oster — que trabalhou no primeiro Baldur’s Gate e hoje é CEO da Beamdog — contou que Final Fantasy 7 teve papel crucial na criação de Baldur’s Gate 2. Segundo Oster, o diretor James Ohlen ficou impressionado com a forma como o RPG da Square tratava seus personagens e suas relações, o que acabou mudando completamente a visão da equipe.
Na época, os companheiros do primeiro jogo eram figuras mais utilitárias, com poucas falas e pouca conexão emocional com o jogador. A comparação com o grupo carismático de Final Fantasy 7 teria deixado Ohlen inquieto, levando-o a repensar o papel dos companheiros em Baldur’s Gate 2. O resultado foi um sistema mais profundo, cheio de histórias pessoais e interações marcantes — a base do que viria a se tornar as “missões de lealdade” de Mass Effect.
A influência também se refletiu na estrutura do jogo. Enquanto o primeiro Baldur’s Gate tinha extensas áreas genéricas, a sequência apostou em uma jornada mais cinematográfica, com cenários icônicos como o Subterrâneo e a cidade dos Sahuagin. No fim, a admiração (e um pouco de medo) por Final Fantasy 7 acabou empurrando a BioWare a reinventar o RPG ocidental — e talvez devêssemos agradecer à Square por isso.
Com o aniversário de 10 anos de Fallout 4, o diretor criativo da Bethesda, Todd Howard, voltou a comentar sobre o desenvolvimento do jogo e admitiu que o sistema de diálogos foi um dos pontos que mais gerou aprendizado para o estúdio. A ideia era criar conversas mais dinâmicas e cinematográficas, algo que soasse mais próximo de Mass Effect, mas o resultado acabou distante do que o público esperava.
A equipe percebeu que, ao apostar em um protagonista com voz própria e falas pré-definidas, parte da liberdade criativa dos jogadores se perdeu. Muitos sentiram que o personagem já vinha com uma personalidade moldada, o que limitava a interpretação e o papel do jogador na construção de quem aquele herói poderia ser. Além disso, o formato de quatro respostas curtas e vagas deixou os diálogos menos expressivos.
A experiência serviu de lição. Desde então, a Bethesda voltou a priorizar sistemas de conversas mais tradicionais, como visto em Starfield. E ao que tudo indica, The Elder Scrolls 6 deve seguir o mesmo caminho — uma escolha que reforça a importância de deixar o jogador realmente sentir que o mundo e o personagem são extensões de sua própria imaginação.
Os irmãos Lemaitre, criadores do frenético FPS Straftat, continuam a expandir o jogo em ritmo quase inacreditável. A atualização 1.4.0, chamada Bazaar Update, adicionou 56 novos mapas, sendo 24 ambientados em mercados cobertos, 18 mapas “basket”, 10 “Hushardzan” e quatro extras sem tema definido. Para quem possui o DLC, o número praticamente dobra, com versões alternativas de quase todos os cenários.
O patch também inclui 12 novas faixas musicais do compositor Major Axis, além de um sistema de trilha personalizada, permitindo escolher a música para seus tiroteios. Outras adições envolvem personalização de mira e contorno dos personagens, botão de banimento no lobby, opção de silenciar o chat de voz e melhorias no sistema de sorteio de mapas.
Straftat, eleito melhor FPS de 2024 por muitos, segue firme na missão de recriar o espírito das LAN houses dos anos 90 e 00, com partidas caóticas e cheias de humor. A nova atualização reforça a sensação de que os Lemaitre não pretendem desacelerar — e, sinceramente, o mundo dos shooters fica mais divertido por causa disso.
Um vazamento recente do PlayStation Store indica que a Sony pode estar preparando um sistema Cross-Buy entre PS5 e PC, permitindo jogar o mesmo título nas duas plataformas sem precisar comprá-lo novamente. As pistas surgiram após o usuário Amethxst divulgar imagens com novos ícones de “Cross-Buy” e “PS5/PC”, depois confirmados por trechos de código encontrados por outros sites.
A empresa ainda não se pronunciou, mas a ideia faz sentido diante da aproximação cada vez maior da Sony com o público de PC. Desde Helldivers 2, os lançamentos simultâneos deixaram de ser exceção, e um sistema como esse pode consolidar de vez essa transição.
Há algo de curioso — e até animador — nessa possibilidade. Durante anos, o PlayStation foi um território fechado, e ver a Sony considerar um modelo mais aberto soa como um passo natural. Cruzar fronteiras entre plataformas pode não apenas facilitar a vida de quem joga, mas também aproximar dois públicos que, até pouco tempo atrás, pareciam pertencer a mundos diferentes.
A Roblox anunciou a abertura das inscrições para seu Conselho de Pais, programa que reúne pais e responsáveis com o objetivo de colaborar diretamente com as equipes internas da empresa e contribuir para a criação de um ambiente digital mais seguro e responsável para crianças e adolescentes. Pela primeira vez, pais brasileiros poderão participar, ao lado de representantes da América do Norte e Europa.
O Conselho contará com até 40 membros dos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil e países europeus. Os participantes atuarão como consultores e defensores do bem-estar digital, oferecendo sugestões sobre recursos, políticas e controles parentais da plataforma. As reuniões ocorrerão trimestralmente ao longo de 2026, entre janeiro e dezembro.
Para se candidatar, é necessário ter familiaridade com Roblox, domínio do inglês, residir em uma das regiões elegíveis e se inscrever nesse formulário. As inscrições estão abertas até 23 de novembro de 2025, às 5h (horário de Brasília).
Durante o Warhammer World Championships, a Games Workshop revelou novidades sobre o futuro de Demetrian Titus, protagonista da série Space Marine. Após ser rebaixado a tenente em Space Marine 2, o herói dos Ultramarines recuperou seu posto como Capitão da Segunda Companhia, substituindo Acheran — que, ao que tudo indica, teve um destino pouco glorioso. Sob ordens diretas do Primarca Roboute Guilliman, Titus agora liderará uma campanha para retomar os 500 Mundos, território dos Ultramarines há milênios invadido por tiranídeos, hereges e outras ameaças. Essa nova cruzada será contada em uma série de livros de campanha de Warhammer 40,000, começando por um confronto contra os Necrons, liderados por Nekrosor Ammentar, uma figura aterrorizante que parece uma fusão entre um escorpião e um Exterminador. Embora Space Marine 3 já esteja confirmado pela Saber Interactive, ainda não se sabe se os Necrons também serão os vilões do próximo jogo — mas o cenário parece estar sendo preparado para isso.
O clássico indie Bulb Boy, lançado em 2015 e inspirado em aventuras de terror estilo Tim Burton, está disponível gratuitamente no Steam por tempo limitado. O jogo mistura humor grotesco e puzzles criativos no estilo Machinarium, colocando você na pele de um garoto com cabeça de lâmpada que precisa salvar sua família de monstros que invadiram sua casa — e sim, ele pode desaparafusar a própria cabeça para resolver enigmas e iluminar o caminho. A promoção celebra o lançamento de Bulb Boy 2: Jar of Despair, sequência em que o protagonista desce ao porão da Casa Bulb em busca de um simples pote de geleia, mas acaba enfrentando uma criatura bizarra que quer roubar sua cabeça. Com estética que lembra os close-ups nojentos de Ren & Stimpy e um clima de humor macabro, Bulb Boy é uma pérola do terror cartunesco — e agora, uma chance perfeita para reacender essa lâmpada de nostalgia sem gastar um centavo.
A Facepunch Studios lançou uma das atualizações mais drásticas de Rust, redefinindo completamente o progresso dos jogadores com um wipe global de blueprints — ou seja, todas as receitas de criação foram apagadas dos servidores. A ideia é restaurar o senso de progressão e obrigar os sobreviventes a vivenciar novamente as fases iniciais e intermediárias do jogo, que vinham sendo ignoradas por quem já tinha tudo desbloqueado. Para compensar, o estúdio reduziu drasticamente os custos de pesquisa e do tech tree, tornando o recomeço mais rápido e menos punitivo. Embora o wipe seja, por enquanto, um evento único, a Facepunch avalia torná-lo regular no futuro. A atualização também trouxe novidades como mini geladeiras, melhorias no sistema de elevadores, rebalanço de helicópteros e a possibilidade de usar seringas médicas em cavalos. Além disso, o estúdio ajustou o sistema de fragmentos de blueprint e implementou uma solução curiosa contra campers: monumentos passam a emitir radiação letal quando o loot está prestes a reiniciar, forçando os jogadores a recuar.
A RGG Studio revelou novas informações sobre Yakuza Kiwami 3 & Dark Ties, que será lançado em 12 de fevereiro de 2026. A atualização destaca o retorno de Kazuma Kiryu com combates aprimorados e novos estilos, além da história inédita protagonizada por Yoshitaka Mine. Em Yakuza Kiwami 3, o Estilo Dragão de Dojima foi reformulado com novas Heat Abilities e o Dragon Boost, que permite finalizações sobre-humanas, enquanto o Estilo Ryukyu traz armas tradicionais de Okinawa, como tonfas e nunchakus, em golpes devastadores. Já Dark Ties explora o passado de Mine, mostrando sua ascensão no submundo após uma traição e seu envolvimento com Daigo Dojima e Tsuyoshi Kanda. O combate do personagem combina shoot boxing e brutalidade, com o modo Dark Awakening, que libera ataques ferozes e novas Heat Actions. Ambos os modos contam com sistemas de evolução aprimorados, oferecendo mais liberdade para personalizar habilidades e estilos de luta.