O novo jogo da Sonderlust Studios, Generation Exile, chegou ao Steam nesta semana praticamente sem alarde — e com apenas três avaliações no lançamento —, apesar de seu time ser formado por veteranos do cenário indie. O estúdio é liderado por Nels Anderson, designer de Mark of the Ninja e cofundador da Firewatch, Karla Zimonja (Gone Home, Tacoma) e Niamh Fitzgerald (Mini Motorways), além de trilha sonora assinada por Ben Prunty (FTL, Into the Breach). O game coloca o jogador no comando de uma colônia interestelar, administrando recursos limitados em uma jornada que prioriza equilíbrio e eficiência em vez de expansão desenfreada. Anderson explica que o jogo critica o modelo de crescimento infinito presente tanto em simuladores quanto no mundo real: “Não é sustentável continuar extraindo e crescendo para sempre”. O título aposta em um modelo de city builder sustentável, onde sobreviver exige planejamento, reaproveitamento e escolhas éticas. Apesar do lançamento ofuscado por grandes nomes como Arc Raiders e Dispatch, Generation Exile já mostra potencial para ser um dos projetos mais originais do gênero. O jogo está em acesso antecipado com 10% de desconto até 11 de novembro.
Embora Borderlands 4 tenha recebido elogios da crítica e conquistado bons números de jogadores nos Estados Unidos, o desempenho global ficou abaixo do esperado, segundo o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick. Em entrevista ao The Game Business, ele afirmou que o lançamento teve “críticas excelentes” e que o estúdio Gearbox está “trabalhando bastante” para resolver os problemas que prejudicaram o jogo no PC. Entre os principais, estão travamentos frequentes e uma interface confusa, que fizeram o título despencar para uma avaliação “mista” no Steam — com 50% de análises positivas. Zelnick acredita, porém, que o game ainda pode se recuperar a longo prazo, graças ao suporte pós lançamento, algo tradicional na franquia. De fato, Borderlands 3 teve uma trajetória parecida, melhorando com o tempo e recebendo expansões bem avaliadas. Apesar do tropeço inicial e de eventos sazonais sem brilho, como o de Halloween, a expectativa é que Borderlands 4 volte a crescer conforme novos patches e DLCs cheguem — e, claro, quando os primeiros descontos começarem a aparecer.
Se você ainda não mergulhou na boêmia medieval de Kingdom Come: Deliverance 2, esta é a sua chance. O RPG da Warhorse Studios está disponível gratuitamente até o dia 10 de novembro, às 15h (horário de Brasília), em comemoração ao lançamento do DLC Mysteria Ecclesiae, que chega no dia seguinte. Durante o período, é possível jogar o game completo — e se o vício bater, ele também está com desconto até 13 de novembro, saindo por R$ 180. Lançado em fevereiro, KCD2 foi amplamente elogiado por seu realismo, narrativa e sistema de combate detalhado, figurando entre os melhores RPGs de 2025. Então é uma ótima oportunidade para experimentar.
A comunidade de Arc Raiders está revoltada com os novos preços das skins após a mais recente atualização da loja. Mesmo custando cerca de R$ 170, o jogo continua vendendo cosméticos por valores que chegam a R$ 120, o que muitos consideram inaceitável para um título pago. As novas adições — os conjuntos Leviathan e Wilderness Scout — reacenderam as críticas, com jogadores apontando que as skins são apenas recolorações de visuais antigos e ainda custam entre R$ 60 e R$ 90. A frustração aumenta porque o battle pass do jogo também inclui itens que afetam a jogabilidade, o que agrava a sensação de exploração.
Dave Plummer, ex-desenvolvedor da Microsoft e criador do Gerenciador de Tarefas e do clássico Pinball do Windows, publicou um vídeo intitulado “Windows Sucks” (veja acima) em que explica por que o sistema operacional da empresa “realmente é ruim para algumas pessoas” — e como ele o melhoraria se ainda estivesse no comando. Segundo Plummer, o Windows se tornou tão acessível para iniciantes que acabou afastando usuários avançados. “As proteções que ajudam novatos — esconder ferramentas, dar dicas e travar ações — viram frustração para quem vive dentro do sistema o dia todo”, afirmou. Ele propõe um “modo profissional”, com menos prompts, sem propagandas, buscas web desligadas por padrão, e um único painel centralizado para todas as configurações. O modo também traria privacidade total, permitindo ao usuário ver e controlar os dados enviados à Microsoft. Plummer defende ainda que ferramentas como PowerShell, SSH, Winget e tar deveriam vir configuradas e acessíveis de imediato, sem complicações. Apesar das críticas, o ex-engenheiro elogia a base técnica do sistema, chamando o kernel e a pilha de armazenamento de “maduros e de classe mundial”. Para ele, o problema não é o Windows em si, mas a forma como “passou a tratar o usuário como um cliente de marketing, e não como o dono da máquina”.
A nova versão do OpenMW, o projeto open-source que reconstrói o motor de The Elder Scrolls III: Morrowind, acaba de chegar e é uma das atualizações mais empolgantes até agora. A versão 0.50 traz suporte total a controles, ajustes profundos no sistema de combate, melhorias na interface e novas possibilidades para modders com a expansão da API de scripts em Lua. Para quem não conhece, o OpenMW permite jogar Morrowind com desempenho moderno e compatibilidade com praticamente qualquer dispositivo — de PCs potentes até o Steam Deck —, desde que o jogo original esteja instalado. A equipe destaca que a atualização “revoluciona a experiência com gamepads”, tornando menus, inventários e mapas muito mais intuitivos de navegar. Além disso, o processo de “dehardcoding combat” abre caminho para mods que poderão reescrever completamente a mecânica de batalhas no futuro. Visualmente, o jogo também recebeu pequenos retoques na interface e uma função aguardada pelos fãs: transferência rápida de itens. Mais de 20 anos depois do lançamento, Morrowind continua vivo graças à dedicação de sua comunidade — e o OpenMW 0.50 é a prova de que esse clássico ainda tem muito fôlego pela frente.
Surviving Mars: Relaunched é uma atualização ambiciosa, mas discreta, do clássico de construção e sobrevivência da Paradox e Haemimont Games. Lançado originalmente em 2018, o jogo retorna com um novo motor gráfico, desempenho aprimorado, suporte completo a mods e pequenas melhorias visuais que deixam Marte mais vivo — ainda que não seja um salto impressionante. O destaque está nas melhorias de jogabilidade: o sistema de trens foi redesenhado, o subsolo da expansão Below and Beyond ficou mais amplo e as restrições de construção foram reduzidas. A nova expansão integrada, Martian Assembly, adiciona um sistema político onde o jogador pode criar leis, formar governos e lidar com conflitos ideológicos, trazendo uma camada extra de profundidade. Além disso, a Haemimont confirmou duas novas expansões para 2026: Feeding the Future e Machine Utopia. Estamos vendo o renascimento de um jogo com potencial para crescer novamente — mais uma evolução sólida do que uma transformação completa.
A Skydance anunciou que Marvel 1943: Rise of Hydra sofreu mais um adiamento e agora será lançado apenas depois do início de 2026, sem nova data definida. O estúdio explicou em comunicado que o jogo é um “projeto ambicioso” e precisa de mais tempo para atingir o nível de qualidade esperado pelos fãs. Este é o segundo atraso do título, que originalmente estava previsto para 2025 e depois foi empurrado para o início de 2026. Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o jogo promete uma história cinematográfica com múltiplos personagens jogáveis — entre eles Capitão América e Pantera Negra — em uma trama alternativa sobre a ascensão da Hydra. O projeto é desenvolvido pela Skydance New Media, liderada por Amy Hennig, conhecida pelo trabalho em Uncharted. O adiamento ocorre em meio a uma onda de instabilidade na indústria, com cancelamentos de outros jogos de heróis, como o Black Panther da EA e Wonder Woman da Monolith, além de longos silêncios sobre Blade, da Arkane.
A Rockstar Games anunciou que Grand Theft Auto 6 foi adiado novamente. O lançamento, antes previsto para 26 de maio de 2026, agora está marcado para 19 de novembro de 2026. A empresa afirmou que o tempo extra será usado para garantir o “nível de polimento que os jogadores esperam e merecem”. O CEO da Take-Two, Strauss Zelnick, reforçou a confiança no projeto, dizendo que o jogo será um “blockbuster sem rival” e que o ano fiscal de 2027 deve marcar um novo recorde financeiro para a companhia. Apesar da nova data, a versão de GTA 6 para PC ainda não foi confirmada. O adiamento aumenta a expectativa em torno do título mais aguardado da Rockstar, que promete um salto técnico e narrativo dentro da série — e também reacende o temor de que os fãs de PC fiquem, mais uma vez, esperando muito tempo além do lançamento nos consoles.
A situação de Payday 3 está tão ruim que até Crime Boss: Rockay City decidiu tirar sarro. No trailer da atualização 18, o estúdio Ingame Studios parece ter feito uma brincadeira direta com o infame trailer do update Delivery Charge de Payday 3, no qual a mesma cena do jogador entrando em um cofre foi repetida cinco vezes — algo tão constrangedor que a Starbreeze precisou apagar e relançar o vídeo com a legenda “agora com menos cofres!”. O novo vídeo de Crime Boss repete exatamente o mesmo tipo de montagem, só que de propósito, em tom de paródia. O resultado é engraçado, mas também um lembrete de como Payday 3 desabou em popularidade: no Steam, o jogo mal supera Crime Boss, com cerca de 268 jogadores ativos, contra 253 do concorrente — números igualmente baixos para dois shooters cooperativos que deveriam ser sucessores espirituais de Payday 2. Ironicamente, o trailer zombeteiro acabou sendo o maior destaque de Rockay City desde o lançamento, mostrando que, quando até um jogo “morno” consegue fazer piada com você, é sinal de que a situação realmente saiu do controle.
A onda de fechamentos de estúdios ocidentais financiados pela NetEase continua. Desta vez, quem encerra as portas é a Bad Brain Game Studios, fundada em 2023 e liderada por Sean Crooks, ex-produtor da Ubisoft Toronto. O estúdio anunciou que encerrará oficialmente suas atividades em 17 de novembro, no mesmo dia que o também recém-fechado Fantastic Pixel Castle, após não conseguir novos investidores. Em sua despedida no LinkedIn, Crooks agradeceu à NetEase pelo apoio e revelou que o projeto em desenvolvimento, Midnight Riders, ainda está disponível para aquisição ou parceria. Com isso, a Bad Brain se torna o quinto estúdio ocidental fechado pela NetEase em um ano, ao lado de Fantastic Pixel Castle, T-Minus Zero, Jar of Sparks e Worlds Untold. Analistas, como Daniel Ahmad da Niko Partners, apontam que a mudança estratégica da empresa reflete um movimento mais amplo: estúdios norte-americanos deixaram de ser vistos como apostas seguras, enquanto o sucesso de títulos chineses como Black Myth: Wukong e Genshin Impact provou que o mercado local pode produzir jogos competitivos globalmente. Para a NetEase, o foco agora está em reduzir custos e riscos, priorizando desenvolvedores com histórico comprovado e equipes baseadas fora dos EUA.